Vistoria no Igarapé do São Raimundo
( Foto: Clóvis Miranda/Semcom )
A Ação Conjunta entre o Governo do Estado e a Prefeitura de Manaus ultrapassou os serviços de recapeamento das vias da cidade.
A Secretaria Municipal de Limpeza e Serviços Públicos (Semulsp), o Programa Sócio-Ambiental dos Igarapés de Manaus (Prosamim), o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM) realizaram uma inspeção técnica em três quilômetros de canais que cortam a cidade, saindo do igarapé dos Franceses e indo até a foz do igarapé de São Raimundo (da Zona Centro-Oeste para Oeste).
A iniciativa faz parte do plano de reflorestamento das margens dos igarapés da cidade de Manaus que deverá começar a ser implantado a partir do mês de agosto.
Esta é a segunda visita da equipe e tem como objetivo fazer o reconhecimento de campo para avaliar o estágio da vegetação, nível de assoreamento dos canais e a qualidade da água.
Segundo o diretor de limpeza da Semulsp, Túlio Knipoff, a partir deste levantamento é possível traçar a programação de limpeza. “Com este trabalho de identificação de áreas degradadas podemos planejar as ações de conscientização ambiental junto a comunidades”, observou o diretor.
A primeira visita técnica foi realizada no dia 8 de março. A equipe percorreu oito quilômetros, saindo do bairro Colina do Aleixo, passando pelo igarapé do Mindú e indo até a foz do Igarapé de São Raimundo. Segundo Jane Crespo, subcoordenadora ambiental do programa, foi verificada forte alteração na qualidade da água. “Durante todo o trecho, devido ao acúmulo de lixo, águas servidas e esgoto, a qualidade da água está comprometida. A ocupação por palafitas e construções irregulares ainda é grande”, explicou a subcoordenadora.
Segundo Melvin Almeida, engenheiro ambiental, serão implantadas nos igarapés as chamadas ecobarreiras que irão enfatizar a importância da Semulsp na manutenção e retirada do lixo. “Este item do Plano de Reflorestamento também está dentro do Plano de Resíduos Sólidos da Semulsp. Será uma grande ferramenta no controle da qualidade das águas”, enfatizou o engenheiro.
Para Juan Revilla, pesquisador do Inpa e especialista em botânica, o valor da iniciativa é a contribuição com o resgate da fauna e da flora nas margens de igarapés. “A intenção não é apenas fazer um trabalho paisagístico, mas também cultural, pois iremos colocar espécies que produzem frutos que a população utiliza para fazer sucos e também árvores, cujos frutos e sementes, podem ser usados para confecção de artesanato”, afirma o pesquisador.
As mudas de floresta de igapó, com mais de dois metros de altura, estão sendo trazidas do município de Manaquiri e têm crescimento rápido. Entre as mudas que serão plantadas nas margens degradadas estão a munguba – que tem fruto vermelho, cuja fibra é utilizada para confeccionar travesseiros, bonecos, colchões, etc.; o taperebá, original das margens dos rios, e que produz frutos para consumo humano e para os peixes; a ouruna, que também produz grande quantidade de frutos para peixes; e o catoré que tem frutos para sucos e para alimentar peixes.
O trabalho de reflorestamento vai começar em agosto, quando o nível das águas dos rios começar a baixar. O primeiro trecho a ser contemplado compreende o triângulo do Bairro São Raimundo, onde fica o Parque Kako Caminha.
Secretaria Municipal de Comunicação – Semcom
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