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Humanização aos hospitais

Jazz, chorinho e música erudita. Uma boa combinação capaz de alimentar o bem-estar e a saúde das pessoas, promovendo mudanças, tanto de ordem física quanto de ordem emocional, mental e cognitiva. Essa é a proposta do Projeto Saúde e Alegria da Universidade do Estado do Pará (Uepa). Idealizado pelo Núcleo de Arte e Cultura (NAC) da universidade com apoio da Pró-Reitoria de Extensão (Proex), o projeto leva a música aos hospitais públicos e privados para ajudar na reabilitação dos pacientes e promover melhor qualidade de vida.

Após uma pausa em 2009, o projeto retomou suas atividades, no dia 10 de junho, no Hospital Barros Barreto, em Belém. Além do Quarteto de Cordas, formado por alunos do Curso de Licenciatura em Música, o Grupo Madrigal, da Uepa, também vai participar do evento no hospital.
O Quarteto de Cordas da Uepa é formado pelos violinistas Felipe Bruno e Hélio Saveney; o violonista Armando Mendonça; e o violoncelista Bernardo Keusser. O grupo, junto desde 2009, é coordenado musicalmente pelo professor do curso de Licenciatura da Universidade, Urubatan Castro. Castro formou o Quarteto após um trabalho da disciplina Música em Conjunto.

O Saúde e Alegria promove apresentações musicais mensais, com 1h de duração, nos auditórios ou jardins dos hospitais. A ideia é “humanizar os ambientes hospitalares e levar aos pacientes internados o suporte, através da música instrumental e vocal, feita por alunos da Uepa e grupos instrumentais convidados”, explica a professora e pianista Eliana Cutrim, responsável pelo Projeto.

Os acordes do projeto, criado em 2006, numa parceria entre a Uepa e o Conselho Regional de Medicina (CRM), já foram ouvidos por mais de 1.800 pessoas nos dois primeiros anos de atuação do grupo nas seguintes instituições: Hospital de Clínicas Gaspar Vianna, Fundação Santa Casa de Misericórdia, Hospital Ophir Loyola, Clínica de Atenção Especial à Saúde e Hospital Metropolitano.

EMOÇÕES

A música acompanha o homem desde os tempos mais antigos. Seu uso como método terapêutico vem desde o início da história humana. Alguns dos primeiros registros a esse respeito podem ser encontrados na obra de filósofos gregos pré-socráticos. Som, ritmo, melodia e harmonia facilitam e promovem a comunicação, o aprendizado, a expressão e atendem necessidades físicas, emocionais, mentais, sociais e cognitivas.

A utilização dos elementos musicais desenvolve potenciais e restaura funções do indivíduo para que ele alcance uma melhor qualidade de vida, contribuindo para elevar a autoestima dos que se encontram fragilizados pela doença.

A musicoterapia oferece experiências sonoras, que estimulam os canais de percepção, capaz de despertar emoções, favorecendo a expressão de sentimentos e pensamentos. Cada um de nós tem uma identidade sonora, uma preferência musical. Sons que agradam a um nem sempre agradam ao outro, na musicoterapia trabalha-se não só com estas preferências, mas também com o silêncio, a pausa, que também têm sua importância para a terapia, uma vez que o silêncio é uma forma de linguagem tanto quanto a palavra.

O paciente não precisa conhecer música, espera-se somente que ele se expresse e aprenda a se conhecer melhor. Não existe certo ou errado. Em nenhum momento se pensa na estética do material apresentado. Tanta humanidade só pode mesmo fazer bem aos pacientes. A próxima apresentação do Projeto Saúde e Alegria será no dia 12 de agosto, às 17h, no Hospital Ophir Loyola, em Belém.





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