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Em carta a Lula, caciques Munduruku citam guerra e fazem ameaças

Material pago pela Frente de Defesa da Amazônia sugere que populações usem a força


Quando o governo federal se dispuser a iniciar os trabalhos de campo para construção das cinco hidrelétricas previstas no complexo do Tapajós, em Itaituba, provavelmente encontrará a região potencialmente conflagrada. Uma cartilha preparada e distribuída por entidades e movimentos sociais congregados sob o nome de “Aliança Tapajós Vivo”, na qual tem forte participação a Igreja Católica, está preparando naquela região um plano de resistência que poderá resultar em confronto e violência.

Essa possibilidade vem sendo discutida em alguns gabinetes influentes do meio empresarial do Pará, ligados principalmente ao comércio e à indústria, com base na leitura e interpretação da cartilha, que busca mobilizar os moradores da região a se posicionar contra o projeto do governo para a construção de hidrelétricas. E não apenas no Tapajós, já que a publicação dedica um capítulo também à bacia do Xingu. De acordo com o padre Edilberto Sena, um dos responsáveis pela produção da cartilha, os dados nela contidos são oficiais, divulgados pelo Ministério de Minas e Energia, Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e Eletronorte.

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