Coordenada pelo brilhante arqueólogo Eduardo Neves, uma expedição aos
sítios da Amazônia levanta fortes indícios da existência de civilizações com
origens pré-coloniais, revelando autores de uma arte sofisticada.
A Amazônia estava repleta de sociedades indígenas no ano 1000, algumas hierarquizadas, lideradas por chefes supremos, capazes de comandar um exército de guerreiros.
Com uma população estimada em mais de 5 milhões de pessoas, a maior floresta tropical do planeta nesta época já era berço de profundo florescimento cultural. Antes mesmo de a Renascença surgir na Itália, cerâmicas com padrões gráficos sofisticados já eram produzidos em Marajó e nas regiões de Manaus e Santarém - esta, talvez, seja a cidade brasileira mais antiga com origens pré-coloniais.
Neves informa que em Santarém se encontram o que talvez sejam as cerâmicas mais antigas das Américas, nos sítios de Taperinha e da Caverna da Pedra Pintada, com datas que podem chegar a 6000 anos a.C.
Por esta razão, Santarém é considerada pelos arqueólogos a cidade brasileira mais antiga com origens pré-coloniais. O arqueólogo acredita que, à medida que as pesquisas avançarem, novas surpresas sobre o passado surgirão. Ele lembra, porém, que os arqueólogos disputam uma corrida contra o tempo: a ocupação desenfreada da Amazônia pode destruir não só o seu futuro, mas também o seu passado.
Eduardo Neves - National Geographic Bra
No Tapajós
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