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PF apura vazamento de investigações sobre Tuma Júnior

A Polícia Federal confirmou hoje a abertura de inquérito para investigar o secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, por supostos crimes contra a administração pública. A investigação será feita em Brasília. Um segundo inquérito foi aberto para investigar como o Estado obteve informações da investigação sigilosa que resultou nas suspeitas sobre o secretário.

Hoje, chegaram à capital federal os documentos que servirão de base para o inquérito. O pacote inclui relatórios, cópias de e-mails, gravações telefônicas e material apreendido pela Polícia Federal durante as investigações que deram origem à Operação Wei Jin, destinada a mapear um esquema de contrabando de celulares chineses que movimentava R$ 12 milhões por ano.

No início do mês, o Estado revelou que as investigações acabaram por revelar ligações de Tuma Júnior com Li Kwok Kwen, o Paulo Li, apontado pela PF como um dos chefes da máfia chinesa em São Paulo. Tuma Júnior não era considerado formalmente como investigado - agora, com a abertura do novo inquérito, ele passa a ser. A nova investigação vai se concentrar nas suspeitas que atingem o secretário. A Justiça Federal em São Paulo autorizou que as informações coletadas nas investigações anteriores sejam utilizadas no novo inquérito.

Semana passada, o diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, chegou a informar que o inquérito seria conduzido pela superintendência de São Paulo. Mas, como a decisão judicial não especifica onde deve correr a investigação, a PF decidiu seguir parecer da Corregedoria da corporação, segundo o qual o caso deve correr em Brasília por ser o local dos supostos crimes cometidos pelo secretário.


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