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Arthur Virgílio: 'centro de distribuição' de eletrônicos chineses em RR ameaça indústria de Manaus

Agência Senado

O senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) disse que grupos empresariais planejam instalar em Boa Vista, Roraima, um "centro de distribuição" de eletrônicos, máquinas agrícolas e produtos domésticos chineses, os quais não pagariam imposto de importação. Para ele, trata-se de uma ameaça às indústrias instaladas no Pólo Industrial de Manaus. O senador sustentou que os benefícios fiscais da zona franca não podem ser estendidos à simples importação de produtos acabados.

- Se os chineses querem mesmo trazer seus produtos para o Brasil, que arquem com o imposto de importação. Sua presença na Região Norte, com favores tributários, ameaça o Pólo Industrial de Manaus e não convém ao país - afirmou

O senador  informou que os produtos chineses chegariam ao Brasil pelo porto de Georgetown, na Guiana, depois de passarem pelo Panamá ou pela Venezuela. Disse que alguns empresários de Manaus são céticos sobre a intenção dos empresários, pois a precariedade da BR-174, que liga Manaus a Boa Vista, pode inviabilizar a distribuição dos produtos.

Memória da Amazônia

O senador elogiou o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) pela inauguração, em Manaus, do Memorial Inpa, onde se encontram peças históricas da pesquisa científica na Amazônia. Entre outras coisas, o memorial apresenta a bússola do botânico Adolfo Ducke, um dos pesquisadores mais ativos da flora amazônica no século 20. O Inpa foi criado em 1952 e hoje é referência mundial em biologia tropical, disse Arthur Virgílio.

O parlamentar também fez um apelo ao governador do Amazonas, Omar Azis, para que tome providências para conter a escalada do tráfico de pessoas no estado, para exploração sexual. Informou que o Amazonas "está se tornando rota nacional desse tráfico", como revelou a diretora do Departamento Estadual de Direitos Humanos da Secretaria de Justiça, Michelle Campbell.

Arthur Virgílio lamentou que o jornal O Estado de S. Paulo tenha completado 300 dias sob censura, determinada por um juiz de Brasília, que o proibiu de divulgar informações relacionadas à chamada Operação Boi Barrica, da Polícia Federal.

Ele apresentou ainda requerimento de pesar pela morte, ocorrida nesta quinta-feira (20), do economista Francisco Gros, que foi presidente do Banco Central por duas vezes, presidente da Petrobras e presidente do BNDES. Ele lembrou que Gros "teve papel de destaque nas medidas que antecederam a formulação do Plano Real".

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