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Manaquiri tem terceiro porto a apresentar problemas, em 20 dias, no interior amazonense

Da CBN Manaus



A passarela do porto do Município de Manaquiri, a 64 quilômetros de Manaus, rachou no momento em que foi colocada para fazer a ligação da balsa flutuante com a rampa fixa de concreto. É o terceiro porto do interior amazonense a apresentar problemas, nos últimos 20 dias, mesmo após ter sido inaugurados, com pompa e circunstância, pelo então ministro dos Transportes e pré-candidato ao Governo do Amazonas, Alfredo Nascimento.
 O porto de Humaitá, inaugurado dia 24 de março, com a presença dos então governadores do Amazonas, Eduardo Braga, e de Rondônia, Ivo Cassol, adernou, no dia 10 de abril. Participaram da cerimônia de inauguração a pré-candidata à Presidência da República Dilma Rousseff, na época ministra-chefe da Casa Civil, e o ainda ministro Alfredo Nascimento.
A passarela do de Itacoatiara, que deveria suportar 50 toneladas, não resistiu a um trator de 18 toneladas e se partiu, no dia 23 de março. O trator ficou a 12 metros de profundida, no rio Amazonas.
A notícia do acidente com o porto de Manaquiri chegou à rádio CBN Manaus através de fotos enviadas por um ouvinte. Em seguida, contatado pelo telefone, o prefeito do Município, Jair Souto, confirmou o acidente.
No caso de Manaquiri, a balsa flutuante chegou ao Município na noite do dia 16 de março, por volta das 22h, e, no dia seguinte (17/03), o então ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, compareceu à cerimônia de inauguração. “Assinamos um Termo de Compromisso para, no futuro, formalizar a passagem do porto para a administração municipal”, disse o prefeito Jair Souto.
Ocorre que a empresa Estaleiro Rio Amazonas (Eram), que realizou a obra, em convênio com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT), do Ministério dos Transportes, e a Companhia Docas do Maranhão (Codomar), não levou os equipamentos necessários à colocação da passarela que ligaria a balsa flutuante à rampa de concreto. O resultado é que, na hora da manobra, a passarela rachou, diante do impacto com a rampa fixa.
“O porto foi inaugurado, mas o funcionamento e a instalação final ainda estão pendentes. Essa estrutura não foi eletrificada e os motores para levantar a rampa não estão funcionando. Estou aguardando que o Ministério dos Transportes, Dnit e Codomar façam os reparos e a entrega oficial à Prefeitura”, disse. “Estou vigiando a obra com todo carinho, mas não posso mexer nela porque oficialmente não foi entregue e não tem como eu recebê-la nessas condições”, disse o prefeito, que é presidente da Associação Amazonense dos Municípios (AAM).

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