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O mundo de olho em Copenhague

Pawel Kopzynski/Reuters
Instalação no Centro de Copenhague remete a um mundo verde e sustentável


COPENHAGUE (AE) A partir de hoje até o próximo dia 15, Copenhague, na Dinamarca, será o palco da mais importante discussão sobre aquecimento global. No evento com a chancela da Organização das Nações Unidas  (ONU) e denominado COP-15 estarão representantes de 192 países. O objetivo deles é tentar fecharem um acordo internacional sobre o clima, que está numa escalada ascendente no planeta.
 
Ontem foi dia, por exemplo, de credenciamento e houve, por conta disso, uma corrida ao Bell Center. Filas enormes de jornalistas, membros da ONU, representantes de países e observadores internacionais se formaram nos guichês, gerando muita reclamação contra a coordenação do evento.
 
Os dinamaqueses, em particular, foram incentivados a vestir a camisa da COP-15 e a se portarem como pessoas realmente preocupados com o futuro do planeta Terra. Além disso, o governo dinamarquês abriu uma frente de propaganda, com várias mensagens de ambientalistas, a fim de que se promova um acordo efetivo entre as nações sobre a questão climática.
 
Esse é o desejo também da ONU, para quem a COP-15 precisa levar a um acordo abrangente e ambicioso, que contemple os compromissos já anunciados por governos na luta contra o aquecimento global.
 
“Acredito que os negociadores receberam um sinal claro até dos líderes mundiais para esboçar uma pauta sólida de propostas com vistas a ações imediatas”, disse hoje Yvo de Boer, secretário-executivo da COP15, que começa oficialmente amanhã. “Nunca nestes 17 anos de negociações sobre o clima tantas nações diferentes adotaram compromissos tão sólidos. Quase todos os dias países anunciam novas metas ou planos de ação para cortar as emissões de carbono.”

Há muita coisa em jogo em Copenhague. Cientistas dizem que o planeta está em processo de aquecimento por causa da emissão de agentes causadores do efeito estufa, provocada pela queima de combustíveis fósseis e pelo desmatamento maciço.
 
A ONU afirma que o mundo precisa de um pacto climático mais rígido, para conter a alta da poluição por gás carbônico. Para as Nações Unidas, falhar nessa tarefa levaria a um ambiente de perigosas mudanças climáticas, com aumento do nível dos oceanos, derretimento de geleiras e outros eventos extremos capazes de desestabilizar economias e relegar milhões de pessoas à condição de refugiados climáticos.

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