Informatica

Monotrilho precisa do parecer do Iphan, diz MP

Arte/Celso Paula

O monotrilho, usado em vários países, virá revolucionar o sistema em Manaus




Elaíze Farias
Da equipe de A CRÍTICA

O Ministério Público Federal (MPF) instaurou processo solicitando o parecer técnico do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) sobre a viabilidade da construção do monotrilho no Centro de Manaus. A informação foi dada ontem pelo superintendente do Iphan, Juliano Valente. O pedido de informações do MPF foi feito com base em questionamentos apresentados pelo Iphan sobre as propostas de traçados e estações do monotrilho no Centro em matéria publicada no jornal A CRÍTICA no dia 29 de novembro.

Valente  disse que vai apresentar seu parecer, com a equipe do Iphan, em reunião que acontece nesta quarta-feira, com representantes da empresa HouseWaterPriceCoopers, da Secretaria Estadual de Cultura (SEC), da Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan) e do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb). Ele afirmou que a HouseWaterPriceCoopers, autora do projeto do monotrilho, enviou no início da semana passada uma proposta de traçado na rua Epaminondas. Valente afirmou que analisa a proposta hoje. “Primeiramente, a empresa nos apresentou um estudo muito preliminar. Fizemos uma solicitação e agora a documentação veio com mais detalhe”, disse Valente.
 
A preocupação do Iphan é com as intervenções que o monotrilho pode provocar nos imóveis tombados pelo Governo Federal, como o Teatro Amazonas e o Porto. Imóveis tombados pelo Estado e pelo município localizados na área da rua Epaminondas também deverão ser incluídos nos estudos do Iphan. “Vamos analisar se o traçado onde pode passar o monotrilho, na rua Epaminondas, ainda faz parte da área de influência do Teatro Amazonas também”, disse.
 
Nos questionamentos anteriores feito pelo Iphan a respeito do itinerário do monotrilho, havia a preocupação com o destino que se daria a opções de traçados do Centro. De acordo com Valente, pela avenida Getúlio Vargas o risco era a derrubada das árvores. Na Luiz Antony, o impedimento seria a instalação da rede de gás e a existência de indícios de urnas funerárias indígenas no subsolo. A avenida Eduardo Ribeiro estaria automaticamente descartada por estar no entorno do Teatro Amazonas. Sobre o outro projeto de mobilidade urbana, o Bus Rapid Transit (BRT), Valente disse que não recebeu informação oficial da Prefeitura de Manaus.

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