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Mais dois são indiciados

Da equipe de A CRÍTICA

O coronel da Polícia Militar Jair Martins e Vanessa Lima, produtora do programa “Canal Livre”, apresentado pelos irmãos Wallace, Carlos e Fausto Souza, foram indiciados pelo crime de associação para o tráfico no inquérito policial que investiga denúncias de crimes atribuídas à suposta organização criminosa que seria comandada pelo ex-deputado estadual Wallace e o filho dele Raphael Souza.

Martins e Vanessa prestaram depoimento ontem à tarde, na Secretaria Executiva de Inteligência, na Torquato Tapajós, bairro de Flores, Zona Centro-Oeste. Ele foi ouvido pelos promotores Alberto Nascimento Júnior e Tereza Cristina Coelho, da força-tarefa. O depoimento demorou, aproximadamente, quatro horas.

O oficial chegou à secretaria por volta das 17h, acompanhado das advogadas Sulene Carvalho e Sandra Regina Santos. Ele disse ter provocado a força-tarefa para ser ouvido em depoimento, já que nos últimos meses seu nome vem aparecendo na imprensa como suposto partícipe da morte de Luiz Macedo de Souza, o “Pulga” ou “Luizão”; morto a tiros no ano passado.

No final do depoimento, a promotora Tereza Cristina disse que Martins foi indiciado com base nas escutas feitas pela Polícia Federal que deram origem à “Operação Centurião”. Martins negou envolvimento com a morte de Pulga. “Ele disse que estava no local do crime por acaso, pois tem um compadre que mora próximo que ele costuma visitar”, disse a promotora. Martins se comprometeu em ajudar as investigações.

Vanessa chegou acompanhada do advogado Carlos Henrique Costa de Souza, que também faz a defesa do tenente-coronel Felipe Arce, e do gerente comercial do programa “Canal Livre”, Pedro Paulo da Silva Santos, o “Pêpê”.

O advogado tentou impedir que fosse feita a imagem da indiciada. Demonstrando estar irritado, Carlos Henrique perguntou por várias vezes ao fotógrafo Bruno Kelly, de A CRÍTICA, quem o havia mandado ao local, bateu a porta da recepção com força e colocou sua pasta na frente da câmara do profissional.

O depoimento de Vanessa demorou em torno de três horas. Na saída ela demonstrou tranquilidade. Não quis falar, mas acenou e deu tchau para os jornalistas. Ela foi ouvida pelos delegados Antônio Chicre Neto e Cristina Portugal e negou ter feito ligações para a traficante Patrícia Oliveira, irmã do traficante Frank Oliveira, o “Franquizinho do 40”.

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