Informatica

Mães são heroínas na luta pela vida dos filhos

Muitas mães fazem de tudo para ver o sorriso no rosto dos filhos. Mas o que fazer quando se descobre que o próprio filho é vítima de uma doença terminal? O desafio pode se converter em esperança e determinação e fazer dessas mães verdadeiras heroínas. É o caso das mães Michele e Amanda. Humildes, jovens e batalhadoras, as duas mulheres com histórias semelhantes descobriram que seus filhos apresentavam leucemia, uma doença maligna. Sem nunca antes terem ouvido falar da doença, hoje as duas se tornaram especialistas no assunto e travam uma luta incansável na tentativa de encontrar doadores de medulas compatíveis às de seus filhos.A dona-de-casa Michele Costa nunca imaginou que teria um filho vítima da doença. Seu filho mais velho, Vinícius, nasceu com uma ótima saúde, era ativo e adorava brincar com os amigos. Aos quatro anos, após uma queda no pátio da escola, apresentou um ferimento que o incomodava bastante. Exames médicos no Hospital Ophir Loyola diagnosticaram a leucemia. “Fiquei sem chão. Eu e meu marido não conhecíamos a doença, só por novela”, relembra Michele. Ela não desanimou: iniciou uma série de campanhas em prol do filho. “Primeiro procurei entender o que era a doença. Depois, comecei a correr atrás de uma medula compatível. Não posso ficar parada, meu filho precisa da minha ajuda. Eu parei a minha vida para tratar dele e sei que esse esforço não será em vão, meu filho vai ficar bom”, diz.Michele reuniu muitos amigose parentes para fazer o teste que diz se o tipo de medula é compatível com a de seu filho. Mesmo conseguindo mobilizar muitas pessoas, não encontrou ninguém compatível. “Foi quando eu resolvi engravidar. Tive outro filho para salvar o meu filho”. O irmão nasceu, mas o teste de compatibilidade, para sua tristeza, deu resultado negativo. “Na hora desanimei. Fiquei muito triste, mas nunca vou desistir”.Hoje, a luta de Michele continua. Diariamente ela faz campanhas em rádios, programas de televisão e nas ruas da cidade. Para o Dia das Mães, o pedido de Michele não poderia ser diferente. “Quero ver meu filho bem e com muita saúde. Peço que as pessoas façam o teste de compatibilidade. Não custa nada e pode ajudar a salvar muitas vidas”.
Garra para enfrentar o desafio da leucemiaAmanda Corrêa é outro exemplo de determinação. A vida da diarista mudou após descobrir que seu filho de cinco anos tinha leucemia.“Parei de trabalhar e de estudar.Hoje tudo que eu faço é para o bem dele”, diz.Para a mãe, o mais difícil foi ver a própria rotina do seu filho mudar. “Ele era muito ativo. Não parava de correr e de brincar.Hoje não pode fazer muito esforço e também não quer ir à escola por vergonha do seu cabelo, que começou a cair”.Mesmo com esses problemas, Amanda não desanima. As campanhas pelo filho seguem ao sabor da esperança que nunca terá fim. “Ele já está na lista de espera. Sei que é grande, mas não vou deixar de pensar positivo”.Para o Dia das Mães, Amanda deixa um recado: “Ser mãe é um privilégio, um presente de Deus. Tenho muita saudade de quando brigava com meu filho para ele parar de correr. É muito difícil ter que ver ele parado hoje, sem poder brincar. Acho que as mães devem valorizar as pequenas coisas da vida. A gente nunca sabe o dia de amanhã”, finaliza.DoaçõesPara fazer a doação de medula óssea é preciso ter entre 18 e 55 anos de idade, boa saúde e se cadastrar como doador voluntário no Hemopa. Os voluntários doam apenas 10 ml de sangue. A amostra passa por um exame de laboratório, chamado teste de HLA, que determina as características genéticas do possível doador. Em seguida, as informações são colocadas em um cadastro nacional de doadores de medula óssea. Quando alguém precisa de transplante, os técnicos fazem a pesquisa de compatibilidade por entre os registros de todos os doadores cadastrados. (Diário do Pará)

Comentários