Informatica

Azulinos sofrem para segurar o São Raimundo

Antes de ter pesadelos noturnos com o atacante Garrinchinha, a torcida do Remo saiu do Mangueirão profundamente irritada – mas no fundo não deveria. Com empate neste domingo, o time “pulou uma fogueira”, “laçou o boi”, como se diz no jargão do futebol para explicar que se deu sorte em alguma coisa. O Leão mais uma vez jogou como um gatinho e quase virou presa fácil da Pantera.
O São Raimundo mandou no jogo como se jogasse em Santarém, onde tem feito vítimas em sequência. Bem organizado taticamente e com muita personalidade, conseguiu envolver o adversário na maior parte do confronto, sobretudo nos contragolpes vertiginosos. Não saiu com a vitória porque errou muitas finalizações e novamente Adriano e Rogério Corrêa salvaram.
Com a equipe que tem, o técnico Artur Oliveira tenta, a duras penas, tirar leite de pedra. É como esperar que a banda Calypso toque Mozart de um momento para outro. As desculpas podem ser que Marcelo Maciel e Jaime fizeram falta. Pode até ser. Ou não. Porque nem sempre correria e um fortuito lampejo individual livram a pele da incompetência. Afinal, a invenção dos ingleses sempre foi um esporte coletivo.
A equipe santarena – que moral! – segue dando orgulho ao interior do Estado. Diante de um oponente que foi sofrível, o Mundicão colocou a bola no chão, fustigou. Fez deslocamentos bem ensaiados como de uma orquestra. Só faltou ao treinador Valter Lima uma batuta.
Não é um absurdo dizer que a Pantera teoricamente é favorita no jogo de volta com o estádio Jader Barbalho entupido em seu favor. De quebra, o visitante mocorongo manteve o tabuzinho de não perder para o rival na temporada. Que marra! Só para quem pode... (Diário do Pará)

Comentários