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Elo partido

Luiz Vasconcelos
Bombeiros resgataram os corpos de vinte e quatro pessoas, todas mortas por afogamento

Programada para ser uma mega festa, com a presença de toda família e amigos, o aniversário do suposto empresário Omar de Melo Júnior, o "Omarzinho", acabou em tragédia com a morte de 20 familiares que estavam entre os 28 passageiros do avião da Embraer EMB 110 Bandeirante, prefixo PT-SEA, da Manaus Aerotaxi, que caiu na tarde de sábado, no rio Manacapuru, na localidade denominada Boca de Santo Antônio (a 20 quilômetros acima de Manacapuru).
De uma família de 11 irmãos, cinco morreram no acidente - Mercicleide Oliveira Melo conhecida como "Cristina", Hosana, Jonas, Daniel, Merciclei, todos de souza Melo, além de Janete Melo dos Santos a "Neca".

Mas a tragédia estendeu-se sobre a família central: os Melo, como se seguisse seus descendentes. Mercicleide morreu junto das filhas menores: Camile e Maria Eduarda; Hosana com o filho Anads Júnior, Daniel estava com a mulher Thamara e o filho Daniel Júnior, Janete com o marido Adalto Santos, os filhos Emanuel e Júlia, além do neto Laio; Merciclei estava com o marido Evandro Costa e o filho Emanuel, de apenas sete meses de idade. O cunhado de Evandro, João Liberal, também estava no vôo e morreu com as filhas Stephanie e Natália. Yan e Erick, conseguiram sobreviver. Jonas Melo, outro irmão de Omarzinho, também morreu no acidente.

Segundo amigos e parentes das vítimas que estavam ontem no Instituto Médico legal (IML), aguardando a liberação dos corpos, a aeronave foi fretada por Omarzinho para trazer os parentes para a festa, programada para começar na noite de sábado e só terminar na noite de ontem.

Considerada em Coari como uma família festiva, os Melo queriam fazer uma grande festa com o irmão. Por volta das 13h de sábado, todos embarcaram no Bandeirante em Coari, com destino a Manaus. A vinte minutos da capital, o avião caiu no rio.

Ontem de manhã, no IML, o clima entre os amigos e parentes dos Melo era de muita comoção. O pai, o aposentado Omar Melo, permaneceu no local até os corpos dos filhos, noras, genros e netos serem liberados. Ele deixou o IML amparado, principalmente pelo que restou dos familiares.

O aposentado Evangelista da Costa, 67, pai de Evandro também estava visivelmente abalado emocionalmente. Por ter perdido o filho, a nora Merciclei, o genro João Liberal e os netos Emanuel, Natália e Stephanie. Evangelista disse que Evandro morava em Coari e que não tinha explicação para o que aconteceu, já que o mesmo era um bom filho e que ainda tinha muita coisa para fazer.

A família Melo também é conhecida em Coari por ter envolvimento com o tráfico de drogas. Em dezembro de 1995, Neca, o marido Adalto e Evandro, foram presos na cidade. Segundo o site do Tribunal de Justiça do Amazonas, eles respondem a um processo por este crime.

Os corpos dos membros da família Melo e das demais vítimas do vôo Coari-Manaus estão sendo velados, até às 8h de hoje, nos ginásios esportivos Geraldo Granjeiro e Natanael Brasil, em Coari. O prefeito de Coari Rodrigo Alves decretou luto oficial de três dias no município e ponto facultativo para hoje.

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