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Darly diz que Chico Mendes foi responsável por sua própria morte

RIO BRANCO - Após 20 anos, o fazendeiro acusado de ser o mandante do crime Chico Mendes conta outra versão para morte do líder seringueiro. Ele e seu filho Darcy, acusado de ser o executor, foram condenados a 19 anos de cadeia.

18 anos depois da sentença que condenou seus assassinos ser emitida pelo tribunal, a reportagem do "Fantástico" voltou ao município de Xapuri/AC e encontrou alguns dos personagens envolvidos nesta tragédia.

Darly e Darcy Alves da Silva, depois de fugirem e serem recapturados, cumpriram suas penas e voltaram para Xapuri. A reportagem encontrou Darly em uma fazenda, a 14 quilômetros da cidade.

Pego de surpresa, ele começou mandando desligar a câmera. Depois, botou pra fora o que pensa de Chico Mendes. "Eu fico insultado porque o homem não valia nada!", afirma Darly.

Darly continua negando o crime, diz-se injustiçado na terra e confiar na justiça dos céus. Ele culpa a vítima pela própria morte.

- O matador não é quem puxa o dedo, é quem provoca a morte. O Chico Mendes ninguém matou. Quem se matou foi ele mesmo, provocou a [própria] morte dele. Não porque ele mexeu só comigo, ele mexeu com todo mundo -, diz.

História

Chico Mendes brigou quase dez anos contra a derrubada da floresta para fazer pasto. O desmatamento acabava com as árvores. Mais do que isso, para os seringueiros, ele significava a expulsão do paraíso de onde tiravam o sustento: a seiva, o látex, matéria-prima da borracha natural.

Os seringueiros não eram donos da terra. Eles trabalhavam na mata com a autorização do fazendeiro, em troca de parte da produção. Quando os proprietários venderam a área para criadores de gado, vindos do Sul, começou a briga.

A turma de Chico Mendes inventou o "empate". Imagens com mais de 20 anos mostram como era: os seringueiros e suas famílias entravam na mata, confiscavam motosserras, faziam de tudo para impedir o trabalho do pessoal do fazendeiro.

O outro lado também estava decidido, e reagiu com violência. Ao longo do ano de 1985, vários sindicalistas foram assassinados em Xapuri. Em dezembro de 1988, Chico entrou na alça de mira dos matadores.

"Ele foi abrindo uma porta, pode ver que ainda há marcas de sangue. Ele foi atingido logo que saiu. Quando abriu a porta, se apoiou. Ainda tem marcas de sangue", conta Elenira Mendes, filha do seringueiro.

Fonte: Fantástico

Comentários

  1. Eu também acho que encheram muito a bola do falecido chico mendes.Pelo que contam ele também não era flôr que se cheirasse.

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