Informatica

Lanterna para deficientes visuais

Em no máximo dois anos os deficientes visuais de Manaus e de todo o Brasil terão acesso a uma lanterna que identifica objetos e rostos humanos. A lanterna funcionará por meio de sensores que reconhecem os objetos e a distância dos mesmos em relação ao cego. Uma câmera acoplada à lanterna mapeia os materiais que estarão diante do deficiente visual e, por intermédio de sinais sonoros, avisará a distância dos objetos e identificará os rostos já registrados no aparelho.

A lanterna será portátil e de preço acessível, segundo o idealizador e coordenador do projeto, professor Manuel Cardoso, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). O projeto “Lanterna para Cegos” acontece no Instituto José Rocha Sérgio Cardoso, órgão que trabalha com o desenvolvimento de pesquisa e produtos científicos.

A primeira parte do projeto será lançada hoje. Nesse momento, apenas metade do funcionamento da lanterna está concluído. “A apresentação será feita, mas nosso projeto ainda não foi finalizado. Algumas coisas devem ser adaptadas e criadas. O que pretendemos ressaltar nessa divulgação é a magnitude do trabalho, que tem um foco social e que está sendo criado e desenvolvido por pesquisadores no Amazonas”, explicou Cardoso, destacando que essa é uma tecnologia inovadora e que vai permitir um maior acesso do cego à sociedade.

Segundo dados da Associação dos Deficientes Visuais do Amazonas (Advam), o Estado possui, aproximadamente, 40 mil deficientes visuais. Só em Manaus, esse número chega, atualmente, a 20 mil. A Advam é uma instituição particular de solidariedade social que tem como fins a integração socioprofissional dos deficientes visuais.
Luiz Vasconcelos

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