SÃO PAULO - Estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e do Pará (UFPA), do Instituto Piatam e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) concluiu que o Pólo Industrial de Manaus (PIM) contribuiu para reduzir em pelo menos 70% o desmatamento no Amazonas no período de 2000 a 2006.
A pesquisa calcula que o valor das emissões de carbono evitadas no período chega a US$ 10 bilhões. Os serviços ambientais proporcionados pela preservação valeriam outros US$ 158 bilhões.
Segundo o coordenador do estudo, José Alberto da Costa Machado, professor de desenvolvimento sustentável e economia ambiental da Ufam, foi feito um levantamento estadual para verificar em quais fatores a existência do pólo industrial influencia. "O pólo gera excedente de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços), empregos e renda, afetando todo o estado”, explicou.
A existência de indústrias na capital amazonense permite que a população local não se dedique à exploração das riquezas naturais. E os benefícios, segundo Machado, vão muito além do Amazonas. “Há um efeito de transbordamento de recursos privados para estados vizinhos, como Acre e Roraima”, explicou o professor, referindo-se aos acreanos e roraimenses que trabalham em Manaus e enviam dinheiro a seus estados.
O estudo sugere que o benefício ambiental gerado pela manutenção da floresta seja incorporado às mercadorias produzidas no pólo. Isso se daria por meio da transformação do PIM em um pólo eco-industrial (que, segundo Machado, poderia se chamar "Ecopim"). As empresas que tiverem fábricas ali poderiam colocar em seus produtos um selo de identificação chamando atenção para seu efeito ecológico.
"O Ecopim será voltado para que tudo se transforme em verde. Ajudará na busca de financiamentos internacionais e vai melhorar a venda nos mercados estrangeiros", argumentou o professor. Segundo ele, um consumidor estrangeiro, ao ver que determinado produto foi produzido na Amazônia e, ainda que indiretamente, ajudou conservar a floresta, dará preferência a adquiri-lo, em vez de comprar mercadoria concorrente produzida num pólo industrial comum.
O estudo foi patrocinado por uma empresa de telefones celulares que tem fábrica em Manaus. Machado afirma que a corporação não teve qualquer influência sobre a pesquisa. Perguntado se a poluição produzida pelas fábricas do pólo foi levada em conta, o pesquisador afirmou que sim, mas observou que a maioria das empresas ali instaladas são de produtos eletrônicos e, por isso, pouco poluentes: "Eventualmente temos a poluição de um igarapé, mas é coisa pequena". (G1)
A pesquisa calcula que o valor das emissões de carbono evitadas no período chega a US$ 10 bilhões. Os serviços ambientais proporcionados pela preservação valeriam outros US$ 158 bilhões.
Segundo o coordenador do estudo, José Alberto da Costa Machado, professor de desenvolvimento sustentável e economia ambiental da Ufam, foi feito um levantamento estadual para verificar em quais fatores a existência do pólo industrial influencia. "O pólo gera excedente de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços), empregos e renda, afetando todo o estado”, explicou.
A existência de indústrias na capital amazonense permite que a população local não se dedique à exploração das riquezas naturais. E os benefícios, segundo Machado, vão muito além do Amazonas. “Há um efeito de transbordamento de recursos privados para estados vizinhos, como Acre e Roraima”, explicou o professor, referindo-se aos acreanos e roraimenses que trabalham em Manaus e enviam dinheiro a seus estados.
O estudo sugere que o benefício ambiental gerado pela manutenção da floresta seja incorporado às mercadorias produzidas no pólo. Isso se daria por meio da transformação do PIM em um pólo eco-industrial (que, segundo Machado, poderia se chamar "Ecopim"). As empresas que tiverem fábricas ali poderiam colocar em seus produtos um selo de identificação chamando atenção para seu efeito ecológico.
"O Ecopim será voltado para que tudo se transforme em verde. Ajudará na busca de financiamentos internacionais e vai melhorar a venda nos mercados estrangeiros", argumentou o professor. Segundo ele, um consumidor estrangeiro, ao ver que determinado produto foi produzido na Amazônia e, ainda que indiretamente, ajudou conservar a floresta, dará preferência a adquiri-lo, em vez de comprar mercadoria concorrente produzida num pólo industrial comum.
O estudo foi patrocinado por uma empresa de telefones celulares que tem fábrica em Manaus. Machado afirma que a corporação não teve qualquer influência sobre a pesquisa. Perguntado se a poluição produzida pelas fábricas do pólo foi levada em conta, o pesquisador afirmou que sim, mas observou que a maioria das empresas ali instaladas são de produtos eletrônicos e, por isso, pouco poluentes: "Eventualmente temos a poluição de um igarapé, mas é coisa pequena". (G1)
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