O técnico em telefonia Paulo Roberto Salazar da Silveira revelou ter arrecadado fundos para o caixa dois da Democracia Socialista, uma corrente interna do PT, durante os anos em que foi funcionário dos gabinetes dos deputados estaduais petistas Raul Pont e Elvino Bohn Gass, de 1999 a 2005. Em entrevista à revista "Veja" publicada na edição desta semana, ele contou que em vez de dar expediente nos gabinetes, trabalhava na Associação Em Tempo, ligada à DS, onde fazia serviços administrativos e arrecadava fundos para campanhas políticas.
Os contribuintes, segundo Silveira, eram advogados, empresas, sindicatos e até vereadores que doavam suas cotas de selos para a corrente. O técnico em telefonia também contou que recolhia notas fiscais frias de empresas que prestavam serviços ao partido para justificar algumas das operações. Afirmou ainda que movimentou R$ 400 mil não contabilizados na estrutura partidária.
Na mesma entrevista, Silveira conta que encaminhava todos os vencimentos que recebia dos gabinetes - cerca de R$ 4 mil mensais - ao caixa dois da DS e que recebia, como salário verdadeiro, R$ 2 mil mensais da Associação Em Tempo. O ex-funcionário, afastado desde 2005, moveu um processo de cobrança de R$ 445 mil que diz ter em haver do PT, tanto pelos repasses de rendimentos quanto por ter emprestado duas contas bancárias e um cartão de crédito para o pagamento de despesas de campanhas não honrados pelo partido.
Depois de tomarem conhecimento da publicação da matéria, os dois deputados emitiram hoje uma nota conjunta na qual repudiam as acusações e sustentam que o ex-funcionário nunca recebeu autorização para arrecadar ou movimentar recursos partidários. Também ressaltam que enquanto foi funcionário dos gabinetes, Silveira recebeu normalmente seu salário e em nenhum momento foi constrangido a repassá-lo ao partido ou a quem quer que seja.
Pont e Bohn Gass destacam que ainda não foram citados no processo mencionado pela reportagem, estranham que ele tenha sido encaminhado três anos depois do desligamento do ex-funcionário, exatamente em período eleitoral, e avisam que Silveira responderá civil e criminalmente "por todas as inverdades relatadas".
Campanha - O coordenador da campanha da petista Maria do Rosário à prefeitura de Porto Alegre, Cícero Balestro, tentou minimizar o potencial que as revelações de Silveira tem de prejudicar a candidatura. A exemplo do que disseram Pont e Bohn Gass, considerou "estranho" o caso surgir exatamente em época eleitoral, mas manifestou-se convicto de que o assunto não vai interferir na disputa. "Isso não tem pé e nem cabeça, não anda nem meia quadra."
Os adversários mais interessados em tirar votos de Maria do Rosário não se mostraram muito dispostos a aproveitar a situação. "Isso é uma questão do PT, para ser tratada nos fóruns adequados e não na eleição", afirmou Clóvis Magalhães, coordenador da campanha à reeleição do prefeito José Fogaça (PMDB). "Não vejo como esse caso possa interferir na disputa", comentou Adalberto Frasson, coordenador da campanha de Manuela D'Ávila (PCdoB). "É uma questão a ser esclarecida apenas por quem está envolvido nela." (Agência Estado)
Os contribuintes, segundo Silveira, eram advogados, empresas, sindicatos e até vereadores que doavam suas cotas de selos para a corrente. O técnico em telefonia também contou que recolhia notas fiscais frias de empresas que prestavam serviços ao partido para justificar algumas das operações. Afirmou ainda que movimentou R$ 400 mil não contabilizados na estrutura partidária.
Na mesma entrevista, Silveira conta que encaminhava todos os vencimentos que recebia dos gabinetes - cerca de R$ 4 mil mensais - ao caixa dois da DS e que recebia, como salário verdadeiro, R$ 2 mil mensais da Associação Em Tempo. O ex-funcionário, afastado desde 2005, moveu um processo de cobrança de R$ 445 mil que diz ter em haver do PT, tanto pelos repasses de rendimentos quanto por ter emprestado duas contas bancárias e um cartão de crédito para o pagamento de despesas de campanhas não honrados pelo partido.
Depois de tomarem conhecimento da publicação da matéria, os dois deputados emitiram hoje uma nota conjunta na qual repudiam as acusações e sustentam que o ex-funcionário nunca recebeu autorização para arrecadar ou movimentar recursos partidários. Também ressaltam que enquanto foi funcionário dos gabinetes, Silveira recebeu normalmente seu salário e em nenhum momento foi constrangido a repassá-lo ao partido ou a quem quer que seja.
Pont e Bohn Gass destacam que ainda não foram citados no processo mencionado pela reportagem, estranham que ele tenha sido encaminhado três anos depois do desligamento do ex-funcionário, exatamente em período eleitoral, e avisam que Silveira responderá civil e criminalmente "por todas as inverdades relatadas".
Campanha - O coordenador da campanha da petista Maria do Rosário à prefeitura de Porto Alegre, Cícero Balestro, tentou minimizar o potencial que as revelações de Silveira tem de prejudicar a candidatura. A exemplo do que disseram Pont e Bohn Gass, considerou "estranho" o caso surgir exatamente em época eleitoral, mas manifestou-se convicto de que o assunto não vai interferir na disputa. "Isso não tem pé e nem cabeça, não anda nem meia quadra."
Os adversários mais interessados em tirar votos de Maria do Rosário não se mostraram muito dispostos a aproveitar a situação. "Isso é uma questão do PT, para ser tratada nos fóruns adequados e não na eleição", afirmou Clóvis Magalhães, coordenador da campanha à reeleição do prefeito José Fogaça (PMDB). "Não vejo como esse caso possa interferir na disputa", comentou Adalberto Frasson, coordenador da campanha de Manuela D'Ávila (PCdoB). "É uma questão a ser esclarecida apenas por quem está envolvido nela." (Agência Estado)
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