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Caso Novelino: Luiz Araújo volta ao banco dos réus

BELÉM - Acusado de participação no assassinato dos irmãos Ubiracy e Uraquitan Novelino em abril de 2007, o radialista Luiz Araújo volta ao banco dos réus para novo julgamento hoje. Desta vez, ele vai a júri por duplo homicídio triplamente qualificado. Outros crimes como formação de quadrilha, receptação e ocultação de cadáver já o condenaram a 20 anos de reclusão. O próximo julgamento será marcado pelas novas regras da legislação penal. Entre elas está a que proíbe a leitura de peças para o Tribunal do Júri.

“Antigamente a defesa apontava as peças que seriam lidas", comenta o advogado da família Novelino, Antônio Neto. "Acho que agora isso agiliza mais o processo. O objetivo da lei é de celeridade". Outras alterações foram feitas, como o tempo de acusação e de réplica da defesa.

A nova lei entrou em vigor no dia 20 de agosto. "Não pode mais ter protesto por novo júri. Julgou e condenou, acabou. Não tem mais como recorrer em relação ao júri para que aconteça outro julgamento. Agora, só por apelação", comenta Neto.

O primeiro a confessar a participação na morte dos irmãos Novelino, logo após o crime, foi Luiz Araújo. Em seguida, foi a vez de Chico Ferreira. As duas confissões ocorreram no dia 28 de abril do ano passado, após horas de depoimento, onde ambos forneceram detalhes do crime. As mortes foram motivadas por uma dívida de R$ 4 milhões que Chico Ferreira tinha com os empresários.

Os corpos das duas vítimas foram encontrados na baía do Guajará no dia 7 de maio de 2007, uma segunda-feira. Estavam amarrados a blocos de concreto e âncoras, além de algemados, a 15 metros de profundidade. De acordo com a polícia, Ferreira contratou Sebastião Cardias e José Augusto Marroquim, que simularam um assalto à empresa de Chico Ferreira.
Diário do Pará

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