Supondo que Deus exista e que somos meras peças do jogo Dele, pode-se concluir: o Todo-Poderoso está de brincadeira com a religiosa cidade de Belém (PA).
Convertidos em peças de um boliche macabro, os bebês que passam pela Santa Casa de Belém são protagonistas involuntários do passatempo do Senhor.
Entre janeiro e junho de 2008, tombaram 262 bebês. Escorregaram dos leitos e das macas para as covas. Eis a contabilidade, mês a mês:
Janeiro: 31
Fevereiro: 42
Março: 39
Abril: 37
Maio: 50
Junho: 54
Julho (até o dia 7): 9
Alguns "incautos" atribuem as mortes ao descaso do Estado. Mas o médico Maurício Bezerra, que acaba de assumir o comando da Santa Casa, nega omissões.
Ou seja: trata-se mesmo, agora não há mais dúvidas, de um mega-strike do Jogador Invisível, que tudo pode.
Dias atrás, o Brasil espantara-se ao saber que haviam morrido 13 bebês na Santa Casa de Belém em escassos dois dias: de 20 a 22 de junho.
Agora, o caso parece caminhar para o esquecimento. As peças do boliche divino são pobres e sem perspectivas.
A morte de gente assim já não emociona o Brasil. Entre nós, Deus pode brincar do que bem entender. Conta com a religiosa cumplicidade dos gestores públicos.
Escrito por Josias de Souza às 17h39
Convertidos em peças de um boliche macabro, os bebês que passam pela Santa Casa de Belém são protagonistas involuntários do passatempo do Senhor.
Entre janeiro e junho de 2008, tombaram 262 bebês. Escorregaram dos leitos e das macas para as covas. Eis a contabilidade, mês a mês:
Janeiro: 31
Fevereiro: 42
Março: 39
Abril: 37
Maio: 50
Junho: 54
Julho (até o dia 7): 9
Alguns "incautos" atribuem as mortes ao descaso do Estado. Mas o médico Maurício Bezerra, que acaba de assumir o comando da Santa Casa, nega omissões.
Ou seja: trata-se mesmo, agora não há mais dúvidas, de um mega-strike do Jogador Invisível, que tudo pode.
Dias atrás, o Brasil espantara-se ao saber que haviam morrido 13 bebês na Santa Casa de Belém em escassos dois dias: de 20 a 22 de junho.
Agora, o caso parece caminhar para o esquecimento. As peças do boliche divino são pobres e sem perspectivas.
A morte de gente assim já não emociona o Brasil. Entre nós, Deus pode brincar do que bem entender. Conta com a religiosa cumplicidade dos gestores públicos.
Escrito por Josias de Souza às 17h39
Isso é o reflexo do descaso com a saúde pública no pará.
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