Se depender do PT, a dobradinha com o PMDB que derrotou o PSDB em 2006 será reeditada no segundo turno da sucessão em Belém. A opinião, da deputada Regina Barata (PT), que renunciou à pré-candidatura para apoiar o ex-secretário Mário Cardoso, reflete o clima da reunião da Executiva Municipal do PT que anteontem fechou questão pela candidatura própria petista em primeiro turno. Com pressa para botar o bloco na rua, o PT referenda o nome de Cardoso em 28 de maio, um mês antes do prazo fatal do TSE para as convenções partidárias. Resta agora saber, parafraseando Garrincha, se o jogo foi combinado com os russos: o PMDB.
Livre
Regina Barata avalia que a implosão das prévias deixa a governadora livre para apoiar nome partidário único, condição que sempre advogou, negando-se a manifestar preferência em prévias que teriam dois pré-candidatos não alinhados à sua corrente, a Democracia Socialista (DS). Agora apoiadora da candidatura do ex-secretário, Regina não é subordinada a tendências e Cardoso é soldado do grupo “Unidade na Luta”, que faz parte do Campo Majoritário, liderado no Pará pelo deputado federal Paulo Rocha.
Isolado
A opção petista por candidatura pura no primeiro turno e por aliança com o PMDB no segundo, como prevê a deputada sem conhecer a posição peemedebista, decreta em tese o isolamento do prefeito Duciomar Costa (PTB), candidato declarado à reeleição. Regina argumenta, aliás, que renunciou à pré-candidatura porque desapareceram os cenários políticos em que o PT poderia apoiar em primeiro turno eventual candidatura do deputado federal José Priante (PMDB) ou mesmo a reeleição do prefeito.
Petardo
Ontem, já falando como candidato do PT, Mário Cardoso classificou como natural a verticalização em Belém, no segundo turno, do acordo nacional do PT com o PMDB. Ele, porém, disparou duras críticas contra o deputado José Priante, responsabilizando-o por outdoors na cidade dizendo que Lula impôs ao PT apoio a seu nome. “Isso não é verdade”, rebate. Segundo ele, Ana Júlia e Paulo Rocha jamais foram “enquadrados” por Lula. Ponderou expressar “opinião pessoal, que não se confunde com partidária”.
Ética
Cardoso ressalvou que, da mesma forma, a ação do deputado peemedebista não deve ser confundida com a posição do PMDB. Irritado, o ex-secretário acusou Priante de “falta de ética” e considerou os outdoors passíveis de investigação da Justiça Eleitoral por propaganda extemporânea. Sugeriu que a apuração deve avançar a ponto de revelar os financiadores da campanha. Mário Cardoso circunscreveu as críticas a “fato isolado” e garantiu estar disposto a conversar com o PMDB e com Priante, os “russos” da história.
LINHA DIRETA
Pressionado pelos dois senadores tucanos a aceitar candidatura à prefeitura da capital, o ex-governador Simão Jatene teria batido o martelo. Em conversas reservadas, Jatene vem anunciando decisão irrevogável de não concorrer.
Hoje, dom Azcona e o senador José Nery (PSol) participam em Portel de reunião com famílias de ribeirinhos ameaçadas de despejo pela madeireira Cikel, arrendatária de terras da antiga agropecuária ABC.
Já está em Belém um helicóptero Esquilo, com capacidade para cinco pessoas, doado pelo Ministério da Justiça. O aparelho, usado no Pan do Rio, terá base em Marabá para apoiar operações das duas polícias e de resgate de vítimas pelos bombeiros na região.
E-mail: rd@diariodopara.com.br
Livre
Regina Barata avalia que a implosão das prévias deixa a governadora livre para apoiar nome partidário único, condição que sempre advogou, negando-se a manifestar preferência em prévias que teriam dois pré-candidatos não alinhados à sua corrente, a Democracia Socialista (DS). Agora apoiadora da candidatura do ex-secretário, Regina não é subordinada a tendências e Cardoso é soldado do grupo “Unidade na Luta”, que faz parte do Campo Majoritário, liderado no Pará pelo deputado federal Paulo Rocha.
Isolado
A opção petista por candidatura pura no primeiro turno e por aliança com o PMDB no segundo, como prevê a deputada sem conhecer a posição peemedebista, decreta em tese o isolamento do prefeito Duciomar Costa (PTB), candidato declarado à reeleição. Regina argumenta, aliás, que renunciou à pré-candidatura porque desapareceram os cenários políticos em que o PT poderia apoiar em primeiro turno eventual candidatura do deputado federal José Priante (PMDB) ou mesmo a reeleição do prefeito.
Petardo
Ontem, já falando como candidato do PT, Mário Cardoso classificou como natural a verticalização em Belém, no segundo turno, do acordo nacional do PT com o PMDB. Ele, porém, disparou duras críticas contra o deputado José Priante, responsabilizando-o por outdoors na cidade dizendo que Lula impôs ao PT apoio a seu nome. “Isso não é verdade”, rebate. Segundo ele, Ana Júlia e Paulo Rocha jamais foram “enquadrados” por Lula. Ponderou expressar “opinião pessoal, que não se confunde com partidária”.
Ética
Cardoso ressalvou que, da mesma forma, a ação do deputado peemedebista não deve ser confundida com a posição do PMDB. Irritado, o ex-secretário acusou Priante de “falta de ética” e considerou os outdoors passíveis de investigação da Justiça Eleitoral por propaganda extemporânea. Sugeriu que a apuração deve avançar a ponto de revelar os financiadores da campanha. Mário Cardoso circunscreveu as críticas a “fato isolado” e garantiu estar disposto a conversar com o PMDB e com Priante, os “russos” da história.
LINHA DIRETA
Pressionado pelos dois senadores tucanos a aceitar candidatura à prefeitura da capital, o ex-governador Simão Jatene teria batido o martelo. Em conversas reservadas, Jatene vem anunciando decisão irrevogável de não concorrer.
Hoje, dom Azcona e o senador José Nery (PSol) participam em Portel de reunião com famílias de ribeirinhos ameaçadas de despejo pela madeireira Cikel, arrendatária de terras da antiga agropecuária ABC.
Já está em Belém um helicóptero Esquilo, com capacidade para cinco pessoas, doado pelo Ministério da Justiça. O aparelho, usado no Pan do Rio, terá base em Marabá para apoiar operações das duas polícias e de resgate de vítimas pelos bombeiros na região.
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