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Greve Geral

Júlio Pedrosa

Em assembléia realizada ontem, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos, os trabalhadores da saúde do Estado e Município decidiram deflagrar a greve, por tempo indeterminado, a partir da próxima segunda-feira, na tentativa de pressionar o Governo do Estado e a Prefeitura de Manaus a conceder reajuste salarial de 54,4% e a aprovação de um Plano de Cargos, Carreiras e Salário (PCCS) único para a categoria.

A assembléia reuniu, aproximadamente, 2 mil trabalhadores de diversos segmentos. No total, as duas categorias reúnem em torno de 30 mil servidores, sendo 9 mil do Município e 21mil do Estado.

Os servidores rejeitaram a proposta de reajuste apresentada ontem pelo governador Eduardo Braga. Assim como a Prefeitura de Manaus, o Governo do Estado acenou com a alternativa de aumentos diferenciados para as categorias, dividindo-as entre profissionais (os que têm formação na área) e trabalhadores (que ocupam o cargo sem a devida formação).

Pela proposta, os salários brutos ficariam em R$ 3,4 mil para os profissionais de nível superior, com piso de RS 1 mil, enquanto que para os médicos o salário reajustado bruto ficou em R$ 4,1 mil. Para os trabalhadores de nível superior, salário de R$ 2.750 e piso de R$ 1 mil. Os profissionais de nível médio, R$ 1,2 mil, com piso de R$ 500, e trabalhadores de nível médio, R$ 1,1 mil, e o mesmo piso.

Para auxiliares, o valor do salário passaria para R$ 1.050 para os profissionais, com piso de R$ 450, e R$ 1 mil para trabalhadores. Para os profissionais de nível elementar, salário de R$ 950, com base de R$ 450, e para motoristas R$ 1.058, com piso de R$ 450. De acordo com o governo, os aumentos no reajuste gerariam um impacto de 110 milhões na folha de pagamento do Estado.

Por parte do Município, os reajustes propostos foram de 33% para os servidores de nível superior, 16% de nível médio e 14% nível elementar. A paralisação, no município, atingirá as unidades básicas de saúde e os serviços de pronto atendimento, que deverão manter 30% do seu efetivo trabalhando apenas para atendimento em casos de urgência e emergência. O índice também deverá ser mantido nas unidades de urgência do Estado.

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