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Pré-candidatos fazem as contas antes de compor

Com informações de Gerson Severo Dantas
Da equipe de A CRÍTICA

As composições partidárias para a eleição de outubro vão ser decididas nas convenções de junho, mas desde já as principais moedas de troca são o potencial da dupla que formará a chapa, a capacidade de angariar recursos financeiros, os apoios que ela agrega e o tempo do partido ou da coligação na propaganda eleitoral gratuita de rádio e de televisão.

O prefeito Serafim Corrêa (PSB), por exemplo, tem repetido que só fala em eleição depois do Dia dos Namorados (12 de junho) e dia da convenção do PSB, mas o partido trabalha com a possibilidade de manter a parceria com o PDT - sem o vice-prefeito Mário Frota, é claro - ou estabelecer uma nova aliança com o PR. A opção pelo PDT garante o apoio e o aval do senador Jefferson Péres, principal fiador da eleição de Serafim, em 2004. Péres mostrou capacidade de transferência de votos naquela eleição. Já o PR traz o apoio do ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, e de uma máquina eleitoral azeitada. Ademais, como Alfredo é virtual candidato a governador em 2010, novamente a parceria poderia se repetir, com o PSB ocupando a vaga de vice.

Parceria ideal
Apontado como favorito na corrida eleitoral, o ex-governador Amazonino Mendes (PTB) está em busca de opções para compor a chapa. Com um limitado tempo de TV, idade avançada e o histórico de derrotas recentes, o ex-governador procura um parceiro jovem e/ou com um partido que lhe traga tempo de TV e o voto do eleitorado jovem. O perfil se encaixa em dois pré-candidatos declarados: Rebecca Garcia (PP) e Pauderney Avelino (DEM). Ambos juram que não querem o posto de vice.

Contudo, de acordo com post no blog do jornalista Raimundo Holanda, que é muito próximo do presidente do PP, Francisco Garcia, o PP quer a garantia de Amazonino de que uma vez eleito prefeito ele sairá candidato a governador em 2010, deixando Rebecca administrando a cidade por quase três anos.

Pauderney, por sua vez, diz que está conversando com todas as forças políticas, mas seus encontros têm sido freqüentes com o vereador Paulo De' Carli (PRTB), candidato declarado, e o senador Arthur Neto (PSDB). O "casamento" entre Pauderney e De' Carli, em qual ordem for, tem potencial, pois o democrata tem tempo de TV e o vereador capacidade de captar recursos financeiros, como mostrou nas eleições de 2006 quando previu gasto de mais de R$ 1 milhão numa campanha solitária.

O casamento entre Pauderney e os tucanos é difícil, mas não improvável, segue a lógica das alianças nacionais dos dois partidos. A parceria renderia maior tempo na propaganda eleitoral gratuita de rádio e TV. O DEM e o PSDB têm a terceira e a quarta maiores bancadas na Câmara Federal, critério que define o tempo na propaganda.

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