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Prova vaza e PRF suspende concurso marcado para domingo

Homem foi preso tentando vender gabarito do concurso por R$ 40 mil.
Prova tinha 130 mil inscritos para 340 vagas em Mato Grosso e no Pará.
Do G1, em São Paulo

O concurso da Polícia Rodoviária Federal (PRF) marcado para domingo (9) foi suspenso na noite desta sexta-feira (7) por conta do vazamento da prova. No Rio de Janeiro, um homem foi preso tentando vender o gabarito por R$ 40 mil. A prova serviria para preeencer 340 vagas nos estados de Mato Grosso e do Pará.

Cerca de 130 mil pessoas de todo o Brasil estavam inscritas para a seleção, que seria realizado em todas as capitais do Norte e do Centro-Oeste. Segundo a PRF, somente em Campo Grande 18 mil pessoas prestariam o concurso - os hotéis da cidade já estariam cheios por conta da prova.

O salário do cargo de policial rodoviário seria de R$ 5.084. Das 340 vagas, 194 seriam para o Pará e 146 para Mato Grosso. Os policiais trabalhariam ao longo de um trecho de 1,6 mil quilômetros da BR-163, que começa a 200 quilômetros de Cuiabá (MT) e vai até Santarém (PA). Pessoas de todo o Brasil fariam a prova porque o policial poderia pedir transferência para outros estados depois de três anos na função.

Prova será remarcada
O concurso não será cancelado e a prova será remarcada, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal. As inscrições continuam válidas.

Entretanto, o órgão explicou ao G1 que não há data para que uma nova rodada de provas venha a ocorrer, pois o vazamento dará início a uma investigação criminal. Com isso, a Universidade Federal do Rio Janeiro (UFRJ), que ganhou licitação para organizar o concurso, poderá ser dispensada.

Denúncia
A denúncia de fraude foi encaminhada a dois órgãos: a Procuradoria da República de São João de Meriti (RJ) e a Corregedoria Geral do Departamento de Polícia Rodoviária Federal, em Brasília.

A Coordenação de Inteligência do DPRF analisou verificou, com o Ministério Público Federal (MPF) e um representante da UFRJ, que a fraude realmente ocorreu. A decisão da PRF foi tomada sob recomendação de suspensão da Procuradora da República, Ana Paula Ribeiro Rodrigues.

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