Depois de normalizar a eleição de Jair Bolsonaro, o jornal O Globo, da família Marinho, descobre que ele atenta contra o que restou da democracia no Brasil
Os cabrestos eletrônicos do TSE e da Globo. (Foto: Divulgação)
O jornal O Globo, que se vê como parte de uma dita "imprensa profissional" no Brasil, embora tenha apoiado os golpes de 1964 e 2016 no Brasil, descobriu agora que Jair Bolsonaro é uma ameaça à democracia. "O ataque à imprensa profissional e as torpes agressões a Patrícia Campos Mello, jornalista da 'Folha de S.Paulo', são parte de um desejo autoritário de garrotear as instituições. Nada é por acaso. A radicalização avança com suporte nas redes, onde atuam milicianos digitais facilmente identificados. Trata-se de um fenômeno, de antes dos nossos tempos, em que autoritários já chegavam ao poder usando os canais da democracia — o voto, a representação popular — para destruir por dentro a própria democracia", diz editorial publicado nesta quinta-feira.
O jornal também condena os ataques do general Augusto Heleno ao Congresso Nacional. "É neste ambiente que o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, aparece, gravado involuntariamente na manhã de terça, irritado com o que chama de 'chantagens' de parlamentares nas negociações sobre os vetos presidenciais à Lei de Diretrizes Orçamentárias. Depois, em uma reunião, Heleno conclamou o presidente a chamar o “povo às ruas” contra o Congresso. Bolsonaro pediu calma ao ministro. Mas é ele que tem contribuído para este ambiente que já vinha polarizado. Quando o chefe sobe o tom, e até toma atitudes desqualificadas, a tropa acha que é sinal de avançar", aponta o texto.
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