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Esquartejado, corpo em sacos com a sigla FDN é de jovem de 18 anos

O corpo foi encontrado esquartejado na rua Sebastião Romano, no bairro Compensa, Zona Oeste de Manaus, na última segunda-feira (3) 

Um carro deixou os sacos com o corpo no local 


| Foto: Cristiano Sevalho

Manaus - A polícia identificou, nesta quinta-feira (6) o corpo encontrado esquartejado no bairro da Compensa, zona Oeste de Manaus, na última segunda (3), como sendo de Gabriel dos Santos Martins, de 18 anos.

A vítima foi encontrada, por volta das 7h da manhã, esquartejada em sacos de fibra com a sigla FDN em alusão à facção criminosa Família do Norte, que disputa o domínio do tráfico de drogas em Manaus. Após a perícia na cena do crime, o corpo foi removido para o Instituto Médico Legal (IML), na Zona Norte de Manaus, onde só foi identificado após quatro dias.

Relembre o caso


O corpo foi encontrado esquartejado na rua Sebastião Romano e estava em três sacos de fibra com a sigla da FDN, o que evidência que a morte pode estar relacionada à disputa entre facções.

O corpo foi deixado próximo de uma escola | Foto:

De acordo com moradores da área, o corpo do homem foi deixado no local, por volta das 6h, por um carro preto. "De manhã cedo o carro deixou os sacos aí e depois saiu. Já é a segunda vez que isso acontece aqui no bairro", afirmou um morador, que preferiu não se identificar.

A testemunha também frisou que o crime tem características de "desova", ou seja, quando o homicídio é praticado em um local e o corpo é deixado em outro, para despistar investigações.

Os policiais da 8ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom), responsáveis pelo registro inicial da ocorrência, foram acionados por volta das 7h, após uma denúncia anônima. A cabeça da vítima estava em um dos sacos.

A Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) investiga o crime.

Na parede de um muro próximo ao local também estava a sigla FDN | Foto:

"FDN" x "FDN Pura"

Após o racha dentro da FDN, que resultou no massacre dos 55 detentos nos presídios da capital amazonense, a facção criminosa, considerada a terceira maior do País, se dividiu.

Um lado ficou com José Roberto Fernandes Barbosa, o "Zé Roberto da Compensa", e outro com João Pinto Carioca, o "João Branco". Os nomes "FDN Pura" ou "Potência Máxima", em referência a um dos apelidos de "João Branco", estariam sendo cogitados na formação do novo grupo criminoso.

Agora, os ex-aliados brigam pelo domínio do tráfico de drogas na capital amazonense. O racha gera uma série de assassinatos na cidade.

Edição: Isac Sharlon

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