Joalheira de sua marca homônima, Andrea Murad é referência no mercado de joias, possuindo um vasto conhecimento em lapidações, design de peças e pedras preciosas. Ela deixou a sua carreira no mercado de investimento e abriu sua marca em 2017. Uma das poucas profissionais do ramo e, principalmente, uma das únicas mulheres, que desce na mineradora pessoalmente, em mais de 200m, para escolher e pegar as pedras preciosas que usa para produção das suas peças. Focando em sua expansão internacional, a Andrea Murad Jewelry foi a primeira marca de joias a desfilar no Paris Fashion Week, além de ter aberto uma corner em uma loja parceira em Dubai, nos Emirados Árabes.
Foto: Divulgação
4. Você optou por seguir os seus sonhos e empreender. Foi difícil tomar esta decisão?
Foi bem difícil! Quando eu saí do Itau e fui pra Bawn, percebi que eu tinha um perfil mais empreendedora, de quem gosta de se arriscar. Sou persistente e focada. Como eu sempre amei muito pedras preciosas, sabia que tinha potencial para este mercado. Porém, para começar uma marca do zero, eu teria que investir bastante dinheiro e acabava ficando com medo de não dar certo. Com muita persistência e estudos, eu consegui seguir com a minha marca e chegar onde estou!
Foto: Divulgação
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1.Como começou a sua carreira?
Em 2008, trabalhei na Christian Dior, dentro da Daslu, por quase 1 ano e, em paralelo, comecei a fazer MBA na FAAP, em Gestão de Negócios com Ênfase no Mercado de Luxo. Na época, meu professor de economia percebeu que eu tinha facilidade em trabalhar com números e me indicou para algumas empresas e, pouco tempo depois, estava trabalhando no mercado financeiro. Comecei no Itau, onde fiquei em torno de dois anos e depois fui pra Bawm – uma empresa de gestão de grandes fortunas como Associada. Em 2013, a Bawn foi vendida pra GPS e aproveitei o momento para vender minha carteira junto. Neste processo, assinei um contrato de “non compete” de três anos, o que significava que não poderia voltar pro mercado financeiro neste período.
Logo em seguida fui convidada a fazer consultoria 360° para uma marca de joias aqui de São Paulo e, como eu sempre gostei muito do mercado de joias, aceitei logo de cara. Aprendi muito com eles e após quase dois anos decidi seguir minha carreira no mercado de joias para começar uma marca do zero, onde poderia expressar minha criatividade sozinha.
Sempre tive um olhar clínico muito apurado para joias, além de um senso estético ótimo para moda, arquitetura e design, o que seria muito útil para criação das peças. Porém eu ainda precisava aprender bastante sobre pedras preciosas e todas os processos de produção de joias. Para melhorar meu conhecimento no ramo, em 2016, comecei a visitar alguns garimpos em Minas Gerais, Goiás e Bahia. Com essa vivência aprendi muito sobre lapidação, pedras brutas e diferenciação e valorização das pedras preciosas. Após alguns meses viajando para esses garimpos, senti que estava pronta para tirar do papel a minha marca: a Andrea Murad Jewelry.
Em 2017, comecei a dar os primeiro passos para a criação da minha empresa. Sempre tive muitas propostas de sociedade, porém quis fazer tudo sozinha. Escolhi o meu espaço físico (inclusive, eu que fiz todo o projeto de design), fui atrás de ourivesarias para começar a produção das milhas joias, da mão de obra, contratei uma pessoa para me ajudar neste processo. No mesmo ano já lancei a minha marca!
Foto: Daniela Petrel
2. Como você enxerga o mercado de joias no Brasil?
Têm dois tipos de joalheiros aqui no Brasil: o joalheiro, que produz suas próprias joias e o vendedor, que compra joias prontas e as revende. O mercado de joias no Brasil ainda é muito carente de informação. Não só para quem compra, mas também para quem se interessa e/ou faz joias. Acho que precisa de uma reeducação dos joalheiros e também dos consumidores. Uma busca pela informação do que se está comprando e sendo comercializado.
Devido à crise, as vendas deram uma diminuída, porém vejo uma tendência muito forte se formando: a de mulheres, que são profissionais liberais, começando a elevar o poder de compra. As mulheres estão cada vez mais fortes e independentes no mercado profissional e com isso estão obtendo muito sucesso em suas carreiras. Este é o panorama atual das mulheres que são as minhas clientes.
Em 2008, trabalhei na Christian Dior, dentro da Daslu, por quase 1 ano e, em paralelo, comecei a fazer MBA na FAAP, em Gestão de Negócios com Ênfase no Mercado de Luxo. Na época, meu professor de economia percebeu que eu tinha facilidade em trabalhar com números e me indicou para algumas empresas e, pouco tempo depois, estava trabalhando no mercado financeiro. Comecei no Itau, onde fiquei em torno de dois anos e depois fui pra Bawm – uma empresa de gestão de grandes fortunas como Associada. Em 2013, a Bawn foi vendida pra GPS e aproveitei o momento para vender minha carteira junto. Neste processo, assinei um contrato de “non compete” de três anos, o que significava que não poderia voltar pro mercado financeiro neste período.
Logo em seguida fui convidada a fazer consultoria 360° para uma marca de joias aqui de São Paulo e, como eu sempre gostei muito do mercado de joias, aceitei logo de cara. Aprendi muito com eles e após quase dois anos decidi seguir minha carreira no mercado de joias para começar uma marca do zero, onde poderia expressar minha criatividade sozinha.
Sempre tive um olhar clínico muito apurado para joias, além de um senso estético ótimo para moda, arquitetura e design, o que seria muito útil para criação das peças. Porém eu ainda precisava aprender bastante sobre pedras preciosas e todas os processos de produção de joias. Para melhorar meu conhecimento no ramo, em 2016, comecei a visitar alguns garimpos em Minas Gerais, Goiás e Bahia. Com essa vivência aprendi muito sobre lapidação, pedras brutas e diferenciação e valorização das pedras preciosas. Após alguns meses viajando para esses garimpos, senti que estava pronta para tirar do papel a minha marca: a Andrea Murad Jewelry.
Em 2017, comecei a dar os primeiro passos para a criação da minha empresa. Sempre tive muitas propostas de sociedade, porém quis fazer tudo sozinha. Escolhi o meu espaço físico (inclusive, eu que fiz todo o projeto de design), fui atrás de ourivesarias para começar a produção das milhas joias, da mão de obra, contratei uma pessoa para me ajudar neste processo. No mesmo ano já lancei a minha marca!
Foto: Daniela Petrel
2. Como você enxerga o mercado de joias no Brasil?
Têm dois tipos de joalheiros aqui no Brasil: o joalheiro, que produz suas próprias joias e o vendedor, que compra joias prontas e as revende. O mercado de joias no Brasil ainda é muito carente de informação. Não só para quem compra, mas também para quem se interessa e/ou faz joias. Acho que precisa de uma reeducação dos joalheiros e também dos consumidores. Uma busca pela informação do que se está comprando e sendo comercializado.
Devido à crise, as vendas deram uma diminuída, porém vejo uma tendência muito forte se formando: a de mulheres, que são profissionais liberais, começando a elevar o poder de compra. As mulheres estão cada vez mais fortes e independentes no mercado profissional e com isso estão obtendo muito sucesso em suas carreiras. Este é o panorama atual das mulheres que são as minhas clientes.
3. Qual foi o momento mais difícil da sua carreira?
Com certeza o início de tudo. Hoje, ser empresário no Brasil, é ser um guerreiro. Eu abri a minha marca no auge da crise. A maior dificuldade foi criar credibilidade em um mercado muito segmentado. Os passos precisam ser calmos, com muita cautela. Porém, no começo, algumas coisas de erradas aconteceram: a primeira ourivesaria que eu contratei atrasou toda a minha produção e entregou as peças com acabamentos terríveis. Tive que ir em busca de outros profissionais e refazer toda a minha coleção.
Leva muito tempo até você conseguir expandir a empresa. No início, você precisa investir e focar nas principais bases do negócio: produção impecável, mão de obra qualificada, ter um branding eficaz, investir nas peças certas, aumentar seu mailing, etc. Só depois de um tempo, quando a marca está mais consolidada, é que você começa a ver o lucro.
Com certeza o início de tudo. Hoje, ser empresário no Brasil, é ser um guerreiro. Eu abri a minha marca no auge da crise. A maior dificuldade foi criar credibilidade em um mercado muito segmentado. Os passos precisam ser calmos, com muita cautela. Porém, no começo, algumas coisas de erradas aconteceram: a primeira ourivesaria que eu contratei atrasou toda a minha produção e entregou as peças com acabamentos terríveis. Tive que ir em busca de outros profissionais e refazer toda a minha coleção.
Leva muito tempo até você conseguir expandir a empresa. No início, você precisa investir e focar nas principais bases do negócio: produção impecável, mão de obra qualificada, ter um branding eficaz, investir nas peças certas, aumentar seu mailing, etc. Só depois de um tempo, quando a marca está mais consolidada, é que você começa a ver o lucro.
4. Você optou por seguir os seus sonhos e empreender. Foi difícil tomar esta decisão?
Foi bem difícil! Quando eu saí do Itau e fui pra Bawn, percebi que eu tinha um perfil mais empreendedora, de quem gosta de se arriscar. Sou persistente e focada. Como eu sempre amei muito pedras preciosas, sabia que tinha potencial para este mercado. Porém, para começar uma marca do zero, eu teria que investir bastante dinheiro e acabava ficando com medo de não dar certo. Com muita persistência e estudos, eu consegui seguir com a minha marca e chegar onde estou!
Foto: Divulgação
5. Qual o seu maior sonho?
Um dos meus maiores sonhos acabou de ser realizado: abrir uma loja internacional. Agora em março, abri uma corner com minhas peças, em Dubai, dentro de uma loja local parceira. Um outro sonho, talvez o maior de todos que sempre tive, é de que a minha marca seja muito conhecida. Em que, quando o consumidor olhe para a minha logomarca, já saiba que aquela imagem representa a minha marca.
Um dos meus maiores sonhos acabou de ser realizado: abrir uma loja internacional. Agora em março, abri uma corner com minhas peças, em Dubai, dentro de uma loja local parceira. Um outro sonho, talvez o maior de todos que sempre tive, é de que a minha marca seja muito conhecida. Em que, quando o consumidor olhe para a minha logomarca, já saiba que aquela imagem representa a minha marca.
6.Qual a sua maior conquista?
Ter sido convidada para fazer o Paris Fashion Week. Acho que foi uma das maiores emoções que já senti na minha vida. É, e foi, um reconhecimento enorme do meu trabalho.
7. Livro, filme e mulher que admira.
Livro: 'Sonho Grande', biografia do Jorge Paulo Lennon.
Filme: 'Vidas Cruzadas', 'A Troca', 'O Menino do Pijama Listrado'.
Ter sido convidada para fazer o Paris Fashion Week. Acho que foi uma das maiores emoções que já senti na minha vida. É, e foi, um reconhecimento enorme do meu trabalho.
7. Livro, filme e mulher que admira.
Livro: 'Sonho Grande', biografia do Jorge Paulo Lennon.
Filme: 'Vidas Cruzadas', 'A Troca', 'O Menino do Pijama Listrado'.
Mulher: Minha mãe. Ela é uma pessoa muito boa, altruísta. Mesmo tendo tudo na vida, ela sempre trabalhou muito, sempre acordando às 6h e indo dormir super tarde. Hoje em dia, ela passou por alguns problemas de saúde bem sérios e mesmo assim não perdeu a malícia, continuou sempre pura. Mesmo com estes problemas, sempre conseguiu enxergar tudo com um olhar de felicidade e muita fé.
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