Izabela Jatene de Souza foi exonerada do comando da Secretaria
Extraordinária de Estado de Integração de Políticas Sociais para assumir
a novíssima Secretaria Extraordinária de Estado de Municípios
Sustentáveis, criada pelo seu pai, o governador Simão Jatene (PSDB).
Os atos constam no Diário Oficial do Estado (DOE) de ontem. É sua terceira nomeação como titular de órgãos estaduais. Como secretária extraordinária, Izabela tem salário bruto em torno de R$ 21 mil mensais.
Ela passa a chefiar uma secretaria que “nasce” junto com a troca de empregos. A pasta não era listada na estrutura oficial do Governo do Estado até a edição de ontem do DOE.
Simão Jatene já nomeou a sua filha, Izabela, para atuar em três órgãos do Governo do Estado. (Foto: Cezar Magalhães/Arquivo)
Na publicação, não é citado o endereço ou número de telefone da sede da nova secretaria. O Diário Oficial também divulgou a nomeação de 3 assessores técnicos para o órgão. Heitor Pinheiro, que sai da coordenação do núcleo do Pará Social - projeto destinado ao desenvolvimento familiar e inclusão social -, é quem assume a antiga secretaria administrada por Izabela Jatene.
Questionado sobre o fato durante sessão na Assembleia Legislativa (Alepa), o deputado estadual Carlos Bordalo (PT) fez relação entre a criação da secretaria com um possível programa do Governo do Estado, que envolveria uma verba de cerca de R$ 500 milhões.
O Governo, contudo, não fala em valores. “É um programa que poderia ser tocado por outras secretarias, ligadas ao Desenvolvimento, por exemplo”, diz.
Já o deputado Francisco Chagas Melo, o Chicão (PMDB), vê o ato como uma demonstração de que os interesses pessoais do governador estão acima dos interesses do desenvolvimento do Estado.
Em 2015, o deputado chegou a indagar o Ministério Público sobre a nomeação de Izabela para a Secretaria Extraordinária de Estado de Integração de Políticas Sociais. “Comandam as áreas com dinheiro pessoas vinculadas a ele por amizade ou pelo sangue”, afirma.
“Não há um projeto social na essência e ainda há quem comente que a nomeação é uma forma de proteger a filha das denúncias feitas durante as eleições de 2014”, opinou, referindo-se à acusação de que Izabela Jatene estaria envolvida em um esquema de tráfico de influências junto à alta cúpula da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefa), no caso do “dinheirinho”.
PERFIL
O deputado Lélio Costa (PCdoB) afirma não entender a insistência de Jatene em envolver um parente que não parece ter um perfil técnico definido. “Izabela foi do Pro-Paz, da Integração de Políticas Sociais e agora vai para uma secretaria que a gente nem sabe para que serve. Com qual objetivo?”, pergunta.
“Não estava claro antes nem agora. Parece ser mais um manejo político para sustentar o projeto de poder do PSDB”, lamenta o deputado.
O Governo do Estado, em texto divulgado ontem, pela Secretaria de Comunicação, diz que o Programa Estadual de Fomento ao Desenvolvimento Municipal - Municípios Sustentáveis terá como foco ações desenvolvidas nos municípios e que as secretarias extraordinárias não possuem orçamento próprio. Afirma, ainda, que a equipe da nova secretaria é composta por profissionais cujo custeio é assumido pela atual estrutura de cargos vinculados à Casa Civil do Governo do Estado.
(Carolina Menezes/Diário do Pará) tucuximy
Os atos constam no Diário Oficial do Estado (DOE) de ontem. É sua terceira nomeação como titular de órgãos estaduais. Como secretária extraordinária, Izabela tem salário bruto em torno de R$ 21 mil mensais.
Ela passa a chefiar uma secretaria que “nasce” junto com a troca de empregos. A pasta não era listada na estrutura oficial do Governo do Estado até a edição de ontem do DOE.
Simão Jatene já nomeou a sua filha, Izabela, para atuar em três órgãos do Governo do Estado. (Foto: Cezar Magalhães/Arquivo)
Na publicação, não é citado o endereço ou número de telefone da sede da nova secretaria. O Diário Oficial também divulgou a nomeação de 3 assessores técnicos para o órgão. Heitor Pinheiro, que sai da coordenação do núcleo do Pará Social - projeto destinado ao desenvolvimento familiar e inclusão social -, é quem assume a antiga secretaria administrada por Izabela Jatene.
Questionado sobre o fato durante sessão na Assembleia Legislativa (Alepa), o deputado estadual Carlos Bordalo (PT) fez relação entre a criação da secretaria com um possível programa do Governo do Estado, que envolveria uma verba de cerca de R$ 500 milhões.
O Governo, contudo, não fala em valores. “É um programa que poderia ser tocado por outras secretarias, ligadas ao Desenvolvimento, por exemplo”, diz.
Já o deputado Francisco Chagas Melo, o Chicão (PMDB), vê o ato como uma demonstração de que os interesses pessoais do governador estão acima dos interesses do desenvolvimento do Estado.
Em 2015, o deputado chegou a indagar o Ministério Público sobre a nomeação de Izabela para a Secretaria Extraordinária de Estado de Integração de Políticas Sociais. “Comandam as áreas com dinheiro pessoas vinculadas a ele por amizade ou pelo sangue”, afirma.
“Não há um projeto social na essência e ainda há quem comente que a nomeação é uma forma de proteger a filha das denúncias feitas durante as eleições de 2014”, opinou, referindo-se à acusação de que Izabela Jatene estaria envolvida em um esquema de tráfico de influências junto à alta cúpula da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefa), no caso do “dinheirinho”.
PERFIL
O deputado Lélio Costa (PCdoB) afirma não entender a insistência de Jatene em envolver um parente que não parece ter um perfil técnico definido. “Izabela foi do Pro-Paz, da Integração de Políticas Sociais e agora vai para uma secretaria que a gente nem sabe para que serve. Com qual objetivo?”, pergunta.
“Não estava claro antes nem agora. Parece ser mais um manejo político para sustentar o projeto de poder do PSDB”, lamenta o deputado.
O Governo do Estado, em texto divulgado ontem, pela Secretaria de Comunicação, diz que o Programa Estadual de Fomento ao Desenvolvimento Municipal - Municípios Sustentáveis terá como foco ações desenvolvidas nos municípios e que as secretarias extraordinárias não possuem orçamento próprio. Afirma, ainda, que a equipe da nova secretaria é composta por profissionais cujo custeio é assumido pela atual estrutura de cargos vinculados à Casa Civil do Governo do Estado.
(Carolina Menezes/Diário do Pará) tucuximy
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