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Prefeito terá pouco recurso para tocar obras no município.

R$ 4 bilhões deverá ser o orçamento da Prefeitura de Manaus para o ano de 2016

Em meio às perspectivas de recessão do próximo ano, a Prefeitura de Manaus fechou seu orçamento para 2016 prevendo investimentos abaixo do projetado em seu Plano Plurianual. De acordo com as propostas apresentadas por gestores do município a previsão é que o Executivo feche a Lei Orçamentária Anual (LOA) do ano que vem em aproximadamente R$ 4 bilhões.




Do montante estima-se que, R$ 2,450 bilhões sejam oriundos do esforço da máquina arrecadadora do município. Conforme o secretário municipal de Finanças, Tecnologia da Informação e Controle Interno, Ulisses Tapajós, o valor está dentro do mesmo patamar previsto no fechamento de 2014. “Ou seja, ficaremos parados no tempo sem avançar na arrecadação municipal”, disse.
De acordo com o subsecretário de Orçamento e Projetos da Semef, Lourival Praia, a exemplo deste ano, a previsão é de que a Prefeitura de Manaus deixe de arrecadar pelo menos R$ 500 milhões em 2016– R$ 300 milhões do Tesouro e R$ 200 milhões de receitas vinculadas. “Fechamos o orçamento de 2015 em R$ 4,5 bilhões, mas deveremos arrecadar somente R$ 4 bilhões. Nossa perspectiva um tanto otimista é manter esse patamar”, projetou Praia.
Os valores não estão oficialmente fechados. Segundo Praia, com a audiência concluída, os gestores ainda deverão reunir com o prefeito para a revisão dos projetos e valores. “As opiniões deixadas aqui pelos gestores e pela população também serão levadas em conta”, explicou ao afirmar que a proposta orçamentária para 2016 deverá ser encaminhada para a aprovação da Câmara Municipal de Manaus (CMM) antes do final do mês.

Investimentos
Diante das propostas apresentadas pelos gestores municipais, os maiores investimentos deverão ficar para as secretarias municipais de Educação (Semed), Saúde (Semsa) e Infraestrutura (Seminf). A primeira apresentou orçamento de R$ 1,1 bilhão, mesmo patamar do orçamento fechado em 2014.
Para a secretária da Semed, Kátia Schweickardt, o desafio vai ser grande, visto que a demanda na rede pública municipal deve crescer em pelo menos 20%. “Com a crise instalada, muitos pais deverão migrar seus filhos da rede particular para a pública. Prevemos um ano difícil, mas não podemos deixar as crianças sem estudar”, declarou a gestora.
Já a Secretaria Municipal de Saúde apresentou o segundo maior orçamento, estimado em R$ 852,6 milhões. O secretário da pasta, Homero de Miranda Leão, também demonstrou preocupação com o orçamento apertado, mas manteve o otimismo em fechar o ano com as contas empatadas. “Nesse contexto de crise, claro que este não é um orçamento ideal, mas vamos lutar para sobreviver. Não perderemos as esperanças”, pontuou.

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