Pedro Bial fica nervoso com Pastor Silas Malafaia
Malafaia transforma debate sobre moral na TV em pregação contra gays
Mauricio Stycer
Malafaia transforma debate sobre moral na TV em pregação contra gays
Em homenagem aos 50 anos da Globo, o “Na Moral” ganhou uma edição especial dedicada a discutir como “a moral da época se reflete na TV” e por que os vilões fascinam tanto os espectadores.
Apresentado por Pedro Bial, o programa foi ao ar já na madrugada desta sexta-feira (24) – um horário nada convidativo. A primeira parte do debate, centrada na forma como a televisão representa os homossexuais, foi um desastre completo.
Apresentado por Pedro Bial, o programa foi ao ar já na madrugada desta sexta-feira (24) – um horário nada convidativo. A primeira parte do debate, centrada na forma como a televisão representa os homossexuais, foi um desastre completo.
Um dos convidados, o pastor Silas Malafaia, impediu que o tema fosse tratado, realmente. Disse que os gays aparecem muito nas novelas porque os autores são gays e criticou o horário de exibição das tramas.
Como de hábito, exaltado, procurou pregar sobre a homossexualidade do ponto de vista religioso e contra a adoção de crianças por casais do mesmo sexo. A certa altura, para indignação dos demais participantes, comparou gays a prostitutas.
Os outros convidados, a desembargadora Maria Berenice Dias, o autor Silvio de Abreu e o apresentador Jô Soares, mal conseguiram tratar do tema proposto. Uma família de São Cristovão, apresentada como um modelo familiar típico, também participou do encontro, de dentro da casa onde ocorre o “BBB”.
Antes de o programa ir ao ar, Malafaia divulgou um vídeo na internet reclamando que o debate não havia sido “democrático” porque a produção teria selecionado três pessoas com posições semelhantes entre si para se oporem a ele. Durante a exibição, vendo a repercussão de suas falas, escreveu no Twitter: “A gayzada tá nervosa aqui. kkkkk''. Encerrado o “Na Moral”, o pastor voltou atrás em sua crítica à emissora: “a Globo não fez covardia comigo”, anotou em seu perfil na rede social.
Na verdade, se a intenção era de fato discutir como a moral se modificou ao longo dos 50 anos da Globo, a escolha dos participantes não foi a melhor. Quem já assistiu a qualquer entrevista de Malafaia sabe que ele não debate, apenas repete um mesmo discurso de púlpito – como políticos em campanha eleitoral.
A segunda parte do programa, sem Malafaia e Maria Berenice, e com o psicanalista Francisco Daudt e a juíza Andréa Pachá, tratou do fascínio que o público de novelas sente pelos vilões. Foi um debate mais civilizado e compreensível, ainda que muito corrido, como é prática no “Na Moral”.
Como de hábito, exaltado, procurou pregar sobre a homossexualidade do ponto de vista religioso e contra a adoção de crianças por casais do mesmo sexo. A certa altura, para indignação dos demais participantes, comparou gays a prostitutas.
Os outros convidados, a desembargadora Maria Berenice Dias, o autor Silvio de Abreu e o apresentador Jô Soares, mal conseguiram tratar do tema proposto. Uma família de São Cristovão, apresentada como um modelo familiar típico, também participou do encontro, de dentro da casa onde ocorre o “BBB”.
Antes de o programa ir ao ar, Malafaia divulgou um vídeo na internet reclamando que o debate não havia sido “democrático” porque a produção teria selecionado três pessoas com posições semelhantes entre si para se oporem a ele. Durante a exibição, vendo a repercussão de suas falas, escreveu no Twitter: “A gayzada tá nervosa aqui. kkkkk''. Encerrado o “Na Moral”, o pastor voltou atrás em sua crítica à emissora: “a Globo não fez covardia comigo”, anotou em seu perfil na rede social.
Na verdade, se a intenção era de fato discutir como a moral se modificou ao longo dos 50 anos da Globo, a escolha dos participantes não foi a melhor. Quem já assistiu a qualquer entrevista de Malafaia sabe que ele não debate, apenas repete um mesmo discurso de púlpito – como políticos em campanha eleitoral.
A segunda parte do programa, sem Malafaia e Maria Berenice, e com o psicanalista Francisco Daudt e a juíza Andréa Pachá, tratou do fascínio que o público de novelas sente pelos vilões. Foi um debate mais civilizado e compreensível, ainda que muito corrido, como é prática no “Na Moral”.
Mauricio Stycer
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