*ARTHUR VIRGÍLIO
Lisboa – A revista METRO, que circula na grande Lisboa, no seu espaço intitulado "Metrogreen", apresenta matéria muito interessante sobre uma experiência que está sendo tentada em Milão e que, se der certo, poderá espraia-se por todas as cidades de grande porte. Trata-se da construção da primeira floresta tropical do mundo, um arranha-céu com árvores em cada andar.
O projeto piloto é a nova "Bosco Verticale", com 27 andares, cada um rodeado por uma minifloresta, na verdade, uma grande variedade de árvores e arbustos. Diz o Stephan Barthel, especialista em serviços de ecossistema urbano no Stockholm Resilience Center, que "paredes vivas e telhados verdes serão construídos por todo o mundo.
Temos de levar natureza às cidades. As árvores melhoram a qualidade do ar através da absorção de gases e dióxido de carbono. Diminuirão doenças como a asma, bem como os ruídos e a temperatura. Ao dar frutas, nozes e bagas, ou até plantas medicinais, podem trazer maior segurança alimentar às cidades".
Fazendo o papel do advogado do diabo, Michel Pimbert, do Instituto para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, questiona que "nem todas as árvores e animais podem viver em arranha-céus". De todo modo, a atenção dos arquitetos urbanos se volta fortemente para o "case" milanês. Muitos concluem que, num vigésimo sétimo andar, as árvores sofrem com o vento, mas que isso não se daria, por exemplo, num quarto andar.
É cada vez maior o número de técnicos que acreditam que as florestas verticais, os jardins e as hortas podem ser o futuro. Regeneram ambientes que se tornaram vazios de vida e podem curar o abismo entre a cidade e o campo.
A verdade é que mais pessoas do que nunca vivem nos centros urbanos. E a tentativa do projeto de Milão, que está sendo erigido na zona da Garibaldi Republica, é transformar as selvas de pedras em ambientes saudáveis e agradáveis de viver.
*Diplomata escreve semanalmente para o blog
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