Porque sou a favor do novo Estado de Tapajós - Parte III
Texo de Caetano Scannavino Filho — coordenador da ONG Projeto Saúde e Alegria
Na história recente dessa região cheia de problemas, a mobilização em torno da “guerra da soja”, culminando num positivo acordo de moratória, do ordenamento territorial com a criação de novas áreas protegidas, do reenquadramento de grandes empreendimentos (mineração, agronegócio, etc) em prol de mais responsabilidade socioambiental, do “Plano BR-163 Sustentável”, da criação do primeiro Distrito Florestal Sustentável (DFS) do país, entre outros exemplos, partiu muito mais dos atores locais (públicos,empresariais, sociais) articulados do que de iniciativas da gestão estadual – em geral “participassiva” ou contrária ou obrigada a fazer por pressão – mesmo quando de sua competência.
A ausência e/ou inadequação do ente estadual no atendimento às peculiaridades do Médio Amazonas acarretou há tempos uma cultura de diálogo muito mais direta da região com Brasília do que com Belém. Isto também tem custos.
E temos que admitir que custos são inevitáveis quando se cria um novo Estado. Mas não pretendo retrucar falando das receitas de ICMS da BR-163 (ainda maiores quando asfaltada), dos impostos/compensações dos empreendimentos mineradores (Juruti, Trombetas), entre outros recursos financeiros que vão para Belém e não retornam na mesma proporção à região.
fato é que, se formos simplificar a análise da sustentabilidade ao numero de habitantes x impostos, então é melhor excluir a Amazônia do mapa, fechar os olhos para as oportunidades e potenciais e esquecer da sua importância para o país e o mundo, além de não querer entender que sem solução para o social não se resolve o ambiental. De uma certa forma, São Paulo precisa, sim, pagar a conta da Amazônia hoje para a Amazônia sustentar São Paulo amanhã.
Sonhar não é proibido
Sim, é um desafio imenso, uma batalha constante, mas sonhar não é proibido. Não é nem essa questão dos outros sempre estarem decidindo pela gente, dos “mocorongos” (termo aos nascidos em Santarém) também serem cidadãos brasileiros…
Foto: Ronaldo Ferreira
Só queremos uma chance para o debate, mas que vá além do dizer “não” apenas por causa de outros projetos de criação de novos Estados…de se abrir um precedente perigoso…de farra de políticos…de mais salários para deputados e senadores… O que foi aprovado no Congresso não foi a criação do Estado do Tapajós, mas sim um processo de consulta popular, do qual virão à tona os prós e contras. Enfim, uma discussão extremamente saudável. Para os radicalmente contrários, serve o consolo do eixo Belém-Ananindeua também Tapajós, onde municípios têm o tamanho de Estados e estes, de países participar do plebiscito, o que torna sua aprovação muito difícil. Ser a favor ou contra o Estado do Tapajós é uma coisa. Ser favorável ao debate de preferência qualificado é outra. Se não surgir um novo Estado no Pará, que o debate ao menos resulte em soluções mais permanentes (politicas de “Estado”, no sentido da palavra) para essa importante e determinante região e para o futuro da Amazônia.
Perdão pela extensão da mensagem, mas se já é difícil o Brasil entender a Amazonia, mais ainda é compreender os “Parás”. Para os interessados em entender mais como surgiu esse movimento secular pelo Tapajós, segue linkpara um post recente do jornalista Manoel Dutra.
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SIM À CRIAÇÃO DO ESTADO DO TAPAJÓS.
ResponderExcluirComentário: Carlos Pereira
"Sou do oeste. Quero o Estado do Tapajós!
Não é uma solução mágica, mas um projeto a longo prazo.
É para quem enxerga longe. A distância entre os municípios os 27 municípios e a capital do Pará já sinaliza que na prática o Estado do Tapajós já possui vida própria.
Acordem amigos que são contra a criação dos novos estados.
Há muita gente sofrendo por falta de quase tudo.
Quem vive em Itaituba, por exemplo, e quer fazer uma universidade pública, possui apenas três opções de cursos em condições super precárias.
Chega disso!
Queremos a universidade federal do Estado do Tapajós: novas oportunidades.
Deixem-nos em paz!
Queremos contar a nossa história e não somente ver a nossa história contada por quem não nos conhece.
Chega de lançar sobre a velha estratégia da "Pax Romana" de que tudo está bem assim: uma farsa!
A Pax Paraense é um terror para quem vive o esquecimento e o descaso na periferia deste estado. "
Viva o Estado do Tapajós, viva o Novo Pará, todos irão se desenvolver.
Cartórios Eleitorais funcionarão em horário especial para que o eleitor regularize seu título. PRAZO TERMINA DIA 11 DESTE MÊS.
ResponderExcluirOs cartórios eleitorais funcionarão
no horário de 08 às 15 horas para que o eleitor esteja apto a votar no plebiscito.
Semana que vem última semana será das 8 h. às 18 h., neste final de semana também estarão atendendo até
meio dia.
Os cartórios eleitorais do Pará começam, a partir de hoje, a funcionar em horário diferenciado em função do plebiscito sobre a divisão do Pará.
Até a sexta-feira o atendimento ao eleitor será das 8 às 15 horas.
Três horas a mais que o habitual.
O prazo para alistamento eleitoral e transferência de títulos termina no dia 11 de setembro.
No próximo sábado, 3 de setembro,
o funcionamento dos cartórios e centrais de atendimento ao eleitor será
das 8h às 12h.
No período de 8 a 11 de setembro, última semana de cadastramento, o atendimento ao público será prolongado até as 18 horas.
“O importante é que o eleitor não deixe de votar de forma consciente no plebiscito porque esta é uma consulta muito importante para todo Pará”, afirmou o presidente da Justiça Eleitoral, desembargador Ricardo Nunes.
Ele ressalta que após o prazo, os serviços continuarão sendo prestados pelos cartórios eleitorais no horário normal de atendimento, no entanto o eleitor com pendências junto à Justiça Eleitoral não poderá participar do plebiscito.
Por lei, a inscrição e o voto são obrigatórios para os maiores de 18 anos
e facultativos para os analfabetos, jovens entre 16 e 18 anos e maiores de 70.
Aqueles que completarem 16 anos até 11 de dezembro poderão votar
desde que solicitem seu título dentro do prazo previsto pela legislação.
Como obter o título eleitoral
Para obter o título pela primeira vez, a pessoa residente no Pará deve procurar o cartório eleitoral correspondente ao seu bairro,
com o RG ou outro documento que o identifique, comprovante de quitação do serviço militar e comprovante de residência.
Quem mora no interior deve procurar o cartório eleitoral de sua cidade.
Em caso de transferência, o eleitor deve apresentar RG,
comprovante de residência, título eleitoral e ainda um comprovante de que mora no domicílio eleitoral há pelo menos três meses.
O eleitor portador de deficiência física que não está inscrito em uma
Seção Especial deve solicitar transferência para uma delas,
a fim de evitar aborrecimentos no dia da votação.
O plebiscito é uma oportunidade única para definir a história da região do Pará.
O eleitor deve dizer se é a favor da criação do Estado do Tapajós e se é a favor da criação do Estado do Carajás.
Jatene realiza manobras para impedir nossa emancipação.
ResponderExcluirO governador mais viaja de avião do que governa o estado, ultimamente não sai das regiões a serem emancipadas para iludir a população.
Isso é uma verdadeira manobra do governador Simão Jatene, visitar insistentemente as regiões de Marabá, Santarém, Itaituba e até a divisa com o Mato Grosso em Jacareacanga e Novo Progresso.
Nunca se recebeu tanto a visita do governador por essas bandas.
Tudo por conta do plebiscito que ameaça dividir o estado, mas não se iludam , depois do plebiscito, nunca mas passará por esses municípios do oeste.
É tudo promessa para enganar o povo.
Será que o povo vai se deixar enganar pelas lorotas do governador.
Com certeza tem manobra dos contra nessa história.
Dia da Independência: Participe da marcha do Estado do Tapajós
ResponderExcluirNo próximo dia 7 de setembro, dia da Independência do Brasil, o Instituto Cidadão Pró-Estado do Tapajós (ICPET), vai realizar a Marcha do Tapajós, logo após o desfile militar. A concentração será na avenida Tapajós, em frente à igreja da Matriz.
O ICPET convida a população a participar do evento em prol do Novo Estado. Participe, vista sua camiseta do Estado Tapajós ou leve sua bandeira, convide seus amigos, parentes, todos que apóiam a causa.
Jatene conspira contra os sonhos de emancipaçãp de seu povo sofredor.
ResponderExcluirAo contrario do que diz, que mostra-se de acordo com a consulta popular, posando como neutro ao assunto, Simão Jatene incorpora-se de corpo e alma na luta contra os anseios de emancipação do Estado do Tapajós e Carajás e mesmo sendo originário de Santarém seu Vice Governador, politico qual samba de uma nota só, omite-se à luta para não contrariar Jatene, e mostra-se ocupadissimo tal qual um criminoso construindo um álibi para fugir de sua responsabilidade.
Os tentaculos do poder emanado por Jatene, calam o Vice Goverador, Deputados e apaniguados.
Jatene não conseguiu "sintonizar" pelo NÃO Dudimar Paxiúba e criou animo em Zenaldo para destronar o primeiro Deputado Federal genuino da região do Tapajós.
-É muita cara de pau desse governador... Mandem Óleo de Peroba para lustrar a lata dele. ja que caiu sua máscara.