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Góticos mataram estudante e beberam o sangue dentro do cemitério

A Nanci, depois de presa, confessou com detalhes como foi o crime. Era como se fosse um ritual. A naturalidade e a riqueza de detalhes que contam a ação realizada assustaram”, disse o delegado Rollo.

O grupo que participou do assassinato da estudante encontrada morta dentro de uma cova no cemitério do Bengui, em Belém, no dia 21 de julho, foi preso pela equipe do delegado Eduardo Rollo, da Divisão de Homicídios, na tarde de ontem (17).

A polícia conseguiu chegar até aos autores do crime através de um denunciante anônimo que apresentou a gravação de uma conversa de dois envolvidos na rede de relacionamento da internet (Orkut) com uma pessoa, não identificada, no Estado do Rio Grande do Sul, além de depoimentos de pessoas colaboradoras, através dos 181 (Disque-Denúncia) e investigação da Polícia Civil.

Cada um do grupo, formado por Ezequiel Abreu Calado, de 19 anos, e Nanci Daniele da Silva Amorim, de 18 anos, líderes do movimento gótico, e outros dois adolescentes, foi preso em suas residências onde estavam com seus familiares como se nada tivesse acontecido. Somente Nanci estava em frente a uma escola da avenida Magalhães Barata quando foi capturada.

Em depoimento à polícia, os homicidas justificaram o crime por causa do envolvimento da vítima com um dos membros do grupo, o que não era aceito pelos membros. “A Nanci, depois de presa, confessou com detalhes como foi o crime. Era como se fosse um ritual. A naturalidade e a riqueza de detalhes que contam a ação realizada assustaram”, disse o delegado Rollo.

O diretor de polícia especia-

lizada Neivaldo Silva também disse estar surpreso com a frieza do grupo. “A garota foi atraída pelo grupo por estar envolvida afetivamente por um dos membros. Mas foi surpreendida dentro do cemitério e foi atingida na cabeça por uma cruz de um túmulo. Também há indícios de que o sangue da vítima foi tomado pelos assassinos em um ritual satânico. O mais impressionante é que tudo foi feito na presença de mais dois adolescentes que após o bárbaro crime seguiram a vida normalmente”, contou o delegado.

O delegado Rollo ainda deve colher mais provas contra os dois homicidas para enquadrá-los em crime de homicídio qualificado, formação de quadrilha e corrupção de menores. “O crime foi planejado e em nenhum momento eles demonstram arrependimento”, disse.

Os adolescentes foram encaminhados para a Divisão de Atendimento ao Adolescente (Data) onde serão ouvidos e também devem responder pela participação do crime. (Diário do Pará)





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