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História do Teatro Amazonas

Inicia-se em 1881, quando o Deputado A. J. Fernandes Júnior apresentou o projeto para a construção de um teatro em alvenaria, na cidade de Manaus. Manaus, que vivia o auge do Ciclo da Borracha, era uma das mais prósperas cidades do mundo, embalada pela riqueza advinda do látex da seringueira, produto altamente valorizado pelas indústrias européias e americanas. Destacam-se os ornamentos sobre as colunas do pavimento térreo, com máscaras em homenagem a dramaturgos e compositores clássicos famosos, como Ésquilo, Aristóphane, Moliére, Carlos Gomes, Rossini, Mozart, Verdi, Chopin e outros. Sobre o teto abobadado estão afixadas quatro telas pintadas em Paris pela Casa Carpezot - a mais tradicional da época -, onde são retratadas alegorias à música, dança, tragédia e uma homenagem ao grande compositor brasileiro Carlos Gomes.
do centro, pende um lustre dourado com cristais, importado de veneza, que desce até o nível das cadeiras para a realização de sua manutenção e limpeza. destaca-se ainda na sala de espetáculos a pintura do pano de boca do palco, de autoria de crispim do amaral, que faz referência ao encontro das águas dos rios negro e solimões.
ESTILO
Concebido no período eclético, o projeto do Teatro Amazonas, de transição estilística, conserva na parte externa da construção muitos dos valores estéticos dos teatros neoclássicos os com volumes de forma simples, articulados com limpidez; presença de vários pórticos unidos ao corpo principal de linguagem clássica da arquitetura empregada com muita discrição. O corpo principal reúne, indistintamente, sobre seu imenso telhado de quatro águas, as três principais partes do teatro: o vestíbulo e o foyer; a caixa de cena e a sala de espetáculos.
Em contraste com essa sobriedade projetual, eleva-se acima da cobertura uma vistosa cúpula ornada de modo surpreendente com cores quase todas tiradas da bandeira nacional. Bastante incompreendida na época, foi alvo de críticas enfurecidas, pois alterava e interferia no austero padrão arquitetônico desejado. De presença substancialmente simbólica, a cúpula exerce, neste caso, a mesma função que detém no teatro Ópera de Paris: a de assinalar externamente a existência da sala de espetáculos no interior da construção.
O teatro teve sua decoração dirigida pelo cenógrafo Crispim do Amaral, que contratou vários artistas europeus para executar painéis e pinturas que hoje compõem um dos mais ricos acervos do gênero no Brasil.

O teatro possui toda uma diversidade de ambientes concebidos com diferentes materiais, daí ser considerado um espaço sobremaneira eclético. É sem dúvida o mais importante prédio da cidade, não somente pelo seu inestimável valor arquitetônico, mas principalmente pela sua importância histórica, uma prova viva da prosperidade e riqueza vividos na fase áurea da borracha.
Hoje, o Teatro Amazonas volta à cena cultural e promove apresentações com as recém-criadas Companhia de Dança, Coral e Orquestra Filarmônica do Amazonas. O teatro é referência para espetáculos regionais, nacionais e internacionais. A sala de espetáculos do teatro tem capacidade para 685 pessoas, distribuídas entre a platéia e os três andares de camarotes. No Salão Nobre, com características barrocas, destaca-se a pintura do teto, denominada "A Glorificação das Bellas Artes na Amazônia", de 1899, de autoria de Domenico de Angelis.

 tucuximy com informações de :www.setorzero.com.br
Fotos: Admar Reis e Luiz Reis

Comentários

  1. que teatro lindo, nunca imaginei que fosse assim no amazonas.

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  2. Prefiro navegar na noite, agente encontra coisa tão bonita como esse patrimônio nacional.
    Parabéns ao blogueiro, por essa sacada genial.

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  3. adorei, por acaso estava fazendo um tur pela net e encontrei um patrimônio histórico da minha cidade.
    parabéns

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