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Caso Wallace, Abandonado Ex-fiel escudeiro Conta Tudo










Joana Queiroz
Da equipe de A CRÍTICA

O “fiel escudeiro e amigo de todas as horas” do deputado cassado Wallace Souza, o ex-policial militar Whatila Silva da Costa, resolveu colaborar com a Justiça, e falou tudo o que sabia e que viu durante os 12 anos em que trabalhou com os irmãos Souza. Ele poderá entrar para o Programa de Proteção a Testemunha (Provita), conforme foi solicitado à Justiça por seu advogado Alacide Coelho.
 
O início da noite de ontem  no fórum Henoch Reis, onde os presos do “Caso Wallace”, o capitão da Polícia Militar Allan Rego da Mata, o industriário João Sidney Vilaça e Whatila prestaram depoimento, foi marcado por emoção na saída dos interrogados.
 
Mãe e avó de João Sidney não conseguiram conter a emoção quando foram informadas que ele teve a prisão preventiva revogada e hoje será posto em liberdade, depois de ter ficado cinco meses na cadeia.
 
O policial Whatila, depois de ter colaborado com a Justiça, aparentava estar leve e chegou a pedir desculpas e abraçar o repórter Nilson Belém, a quem havia agredido com um chute, no mês de abril passado, no momento em que Raphael Souza era preso por porte de munição de uso restrito. “Me desculpa, meu irmão. Fui mal. Aquilo faz parte do meu passado”, disse, estendendo a mão ao repórter.
 
O interrogatório teve início por volta das 9h, e encerrou por volta das 20h. Os presos foram interrogados pelo juiz Mauro Antony, o promotor de Justiça Alberto Nascimento Júnior e os advogados dos réus do processo.
 
O capitão Alan foi o primeiro a ser interrogado, seguido por Whatila, cujo interrogatório foi o mais demorado,  durando quatro horas. Em seguida, foi João Sidney. 
 
O promotor Alberto Nascimento Júnior disse que os interrogatórios foram importantes, principalmente o de Whatila. “Ele contou tudo que viu, colaborou com a Justiça e poderá ser beneficiado na sentença”, disse Nascimento.
 
Segundo o promotor, o juiz entendeu que João Sidney não tinha envolvimento direto com os integrantes da organização criminosa (orcrim). “Ele disse que trabalhou aproximadamente cinco anos, como motorista da ex-mulher de Wallace e dos filhos dela”, disse o promotor. João Sidney teve a prisão preventiva revogada.

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