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Perto da Degola

Wallace Souza voltou a alegar inocência. “Estou confiante em Deus, digo sempre que isso nem era para estar acontecendo”, declarou após prestar depoimento

A CRÍTICA

O presidente da Comissão de Ética da Assembleia Legislativa do Estado, deputado Vicente Lopes (PMDB), marcou para a próxima quarta-feira, 2, a votação do relatório final do processo que investiga o deputado Wallace Souza (PP) por possível quebra do decoro parlamentar. Ontem, Wallace voltou a prestar depoimento na comissão. O parlamentar foi ouvido por três horas, apresentou novos documentos e exibiu um vídeo. Em entrevista à imprensa, fez mistério sobre o conteúdo das peças de defesa mas afirmou que elas ajudarão a mostrar que as denúncias contra ele não passam de uma “armação”. Antes da audiência, Wallace disse que tentaria convencer a comissão a chamar mais duas testemunhas de defesa para prestar depoimento. A estratégia não vingou. Tanto Vicente Lopes quanto o relator do processo, deputado Liberman Moreno (PHS) informaram, ao final da audiência, que não viam necessidade de ouvir novas testemunhas. “A fase de inquirições está encerrada. Abrimos prazo para as alegações finais então, a partir de agora, conforme prevê o próprio Código de Processo Penal, não se pode mais adicionar nenhuma página, nenhum documento no processo”, salientou Lopes. Ao fazer um balanço do depoimento de Wallace, o presidente da Comissão de Ética explicou que os documentos – cerca de 200 páginas – são apenas cópias de testemunhos prestados à Justiça, cujo conteúdo será analisado pelos membros da Comissão no decorrer dos próximos cinco dias. Quanto ao vídeo, Vicente disse apenas que “não traz novidades” e são “depoimentos repetitivos”. O prazo de cinco dias para que a defesa do deputado Wallace Souza apresente suas alegações finais termina na próxima terça-feira, dia 1º. A Comissão de Ética vai aproveitar esse período para trabalhar na elaboração do relatório. “Esperamos ter condições de fechar e votar (o relatório) ainda na quarta-feira”, explicou Lopes. Hipoteses Há duas hipóteses de desfecho. Se a Comissão concluir que não houve quebra de decoro, decidirá pelo arquivamento do processo contra Wallace. Do contrário, dará prosseguimento ao caso propondo uma punição ao parlamentar (que pode ir de uma simples advertência até a perda de mandato, a pena máxima). Nesta última hipótese, o processo será levado para plenário e submetido ao voto – secreto – de cada um dos 24 deputados que integram a Assembleia Legislativa.