A poucos dias do 12º Festival Amazonas de Ópera (FAO), Roger Waters, compositor de "Ça Ira" e ex-Pink Floyd, prefere deixar os passeios turísticos de lado e adotar o Teatro Amazonas como refúgio diário. É ali que o inglês comanda os últimos ensaios - muitos com mais de 10 horas de duração - da montagem, cuja estréia ocorre na terça-feira. É também a primeira vez que tal ópera é apresentada em palcos brasileiros, e o mais importante, exatamente do jeito que Waters idealizou.
Na coletiva de ontem destinada à imprensa, o artista elogiou com orgulho a equipe envolvida em "Ça Ira", sem no entanto, perder de vista o horário do ensaio que aconteceria logo mais. Tanto perfeccionismo visa a evitar releituras errôneas (fora do libreto concebido por ele), a exemplo do que ocorreu na Polônia.
"Estamos muito entusiasmados, mas ainda há muito trabalho pela frente para fazermos um ótimo espetáculo dia 15", comentou o ex-baixista e co-fundador do Pink Floyd, justificando o porquê das breves palavras. Questionado a respeito de como estava sendo a estada na capital amazonense, também não foram necessárias muitas palavras para expressar com intensidade seu ponto de vista. "Todos foram muito gentis comigo. O clima é muito quente e abafado!", contou. Em seguida, se dirigiu para o interior do Teatro Amazonas, onde daria continuidade aos direcionamentos de "Ça Ira".
Loyana Camelo
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