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Há pelo menos 10 dias mulher carrega filho morto na barriga


Com o bebê morto na barriga há pelo menos 10 dias e com medo de morrer, a costureira Maria das Chagas Nascimento Ferreira, 33, denunciou que os médicos da maternidade Ana Braga, na Zona Leste de Manaus, se negam a fazer a cirurgia para retirar a criança.


A costureira informou que chegou na maternidade na última terça-feira (13) após perceber que o seu bebê não estava mexendo. A morte da criança foi confirmada após um exame de ultrassom.

“O médico que bateu a ultrassom falou que o meu bebê já estava morto há quatro dias e disse que eu precisava fazer uma cirurgia para retirar o feto imediatamente. Mas o outro médico que estava no plantão me mandou para casa, pois segundo ele, não tinha leito na maternidade e que era para retornar no outro dia pela manhã. Porém, desde de que voltei passei a ser maltratada dentro do hospital e até agora eles não resolveram nada. Todo dia é um médico diferente, e um fica jogando a reponsabilidade para o outro” relatou a costureira.

Aos prantos, a mulher revelou estar com medo de pegar uma infecção e morrer.

“Já ouvir algumas enfermeiras falarem que a criança está se desfazendo dentro de mim e que posso morrer. Eu peço pelo amor de Deus que esses médicos façam alguma coisa. Todo os dias eles me dão injeção. Já tomei uns 21 cytotec, estou com muito medo” confessou, aos prantos.

Maria das Chagas, tem dois filhos e é moradora do bairro Zumbi, na zona sul da cidade.

Procuramos a direção da maternidade, porém a atendente da recepção da unidade disse que os responsáveis só estariam no local na segunda-feira (19). Em nota, a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (Susam) informou que a paciente está recebendo medicação desde ontem para indução do parto normal e acompanhamento de um médico. Nos casos de aborto espontâneo em 23 semanas, como é a situação desta paciente, não é recomendado cirurgia, mas sim parto normal, para a mãe não correr risco de infecção.


Mara Magalhães
Portal EM TEMPO

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