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Papa Francisco faz casamento de comissários de bordo durante voo

O Papa Francisco fez o casamento de um casal de comissários de bordo durante um voo que ia de Santiago para Iquique, no norte do Chile, nesta quinta-feira (18), segundo a Reuters.

Porta-voz do Vaticano afirmou que a cerimônia é válida/Foto: Divulgação

Paula Podest Ruiz, de 39 anos, e Carlos Ciuffardi Elorriga, 41, contaram que já tinham se casado no civil, mas tinham programado o casamento no religioso em uma paróquia em Santiago, que ficou muito danificada no terremoto de 2010.


Eles perguntaram se ele abençoaria a união deles, mas o pontífice foi mais além. “Vocês querem que eu faça o casamento de vocês?”, indagou o Papa Francisco.

Apesar da surpresa da proposta, os noivos aceitaram e o papa presidiu uma breve cerimônia na parte dianteira do avião. O presidente da companhia Latam, Ignacio Cueto, foi chamado para ser testemunha.

Como em qualquer casamento, Francisco abençoou as alianças e depois pediu a um dos cardeais que o acompanham para preparar a ata do matrimônio para que pudesse ser um evento legal. “Celebrante: Francisco”, lê-se na ata do casamento, preparada por um cardeal, segundo a Efe.


Paula Podest Ruiz, e Carlos Ciuffardi Elorriga/Foto: Divulgação

O porta-voz do Vaticano, Greg Burke, afirmou que a cerimônia é válida. “Tudo é oficial”, declarou.

Último dia da visita

O Papa Francisco celebra nesta quinta-feira (18) sua 3ª missa no Chile, desta vez em Playa Lobitos, perto de Iquique, na última etapa de sua visita ao país. Iquique é uma cidade de imigrantes, um dos temas centrais da 6ª visita do Papa à América Latina.

Depois da missa, o santo padre terá um encontro com vítimas da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990) e entronizará uma imagem de Maria, que está localizada em La Tirana, a 70 km de Iquique, como “rainha e mãe” do Chile.

Ao contrário de outros países visitados na região em suas cinco viagens anteriores, a do Chile não foi das mais fáceis. O Papa encontrou um país hostil à Igreja católica da América Latina, com uma secularização crescente e malvista pelos abusos sexuais do clero em relação a menores de idade, segundo a France Presse.

Na terça-feira (16), durante seu 1º compromisso oficial na visita ao Chile, o papa disse que é “justo pedir perdão” e que sente “dor e vergonha” diante do “dano irreparável” causado às crianças vítimas de abusos sexuais. Ele também se encontrou com vítimas de abuso sexual cometido por sacerdotes católicos.

Na quarta-feira (17), horas antes da chegada do papa a Temuco (800 km ao sul de Santiago), foram registrados ataques com artefatos incendiários a templos católicos e a três helicópteros de empresas florestais na região de Araucanía, no sul do país.

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