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Rebelião: Liberação de todos os corpos pode levar uma semana

Parentes se aglomeram em frente ao IML em busca de informações.
 

A liberação dos corpos dos mais de 60 presos assassinados na rebelião do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) deve demorar, pelo menos, uma semana. A informação foi dada aos parentes dos detentos por uma funcionária do Instituto Médico Legal (IML), na manhã dessa segunda-feira (2).


“A mulher veio aqui e informou que como muitos foram esquartejados vai precisar da lista com informações da secretaria (Seap) e até de DNA”, contou a parente de um preso que não quis se identificar.


Só viaturas e carros oficiais entram no IML.

Desde o início da manhã desta segunda, mais de 100 pessoas estão em frente IML, na Zona Norte de Manaus, aguardando a liberação dos corpos. A entrada no local foi bloqueada pela polícia.

“Fui visitar meu filho no sábado (31) e ele me contou que estava sendo ameaçado de morte. Só faltavam três meses para ele sair. Acredito que ele esteja ente mortos, mas não temos nenhuma confirmação, pois a polícia não fala nada”, reclamou, chorando, a dona de casa Rosane Nascimento, de 38 anos.

Outra mãe que também está em busca de informação é a dona de casa Maria do Socorro Pereira, 50. “Estamos sem nenhuma informação, ninguém fala nada, não sabemos o que fazer. Estamos desesperados. Não sei se o meu filho está vivo ou morto. Estou aflita”, relatou.

Os corpos foram retirados do Compaj, no km 8 da BR-174, por volta das 6h desta segunda, por cinco veículos IML e dois carros do SOS funeral.


Com informações do repórter Gerson Freitas, Jornal EM TEMPO

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