Informatica

Estupro cometido pelo pai choca parentes da menina de 12 anos.

Titular da Depca: 'É um caso que choca porque a pessoa que deveria protegê-la é a pessoa que está violentando'. Foto: Evandro Seixas

Kelly MeloManaus (AM)


“Nós estamos muito machucados com o que aconteceu. Ninguém esperava que isso fosse acontecer dentro de casa”, relataram familiares da menina de 12 estuprada seguidamente pelo pai, um mototaxista, no bairro Grande Vitória, na Zona Leste. Na última terça-feira (21), a vítimaescreveu uma carta para contar à mãe a violência que sofria desde o ano passado. O pai está preso desde que foi denunciado na polícia pela mãe da menina.

A família da vítima contou que a menina está tentando se recuperar do abalo, mas a mãe dela ainda está muito chocada com a descoberta. “Não temos palavras para descrever o que aconteceu, principalmente porque é muito difícil para uma criança ter que encarar uma situação dessas”, disse a avó emocionada, mas preferindo não entrar em muitos detalhes.

De acordo com ela, a adolescente sempre foi uma menina comportada, estudiosa e conversava bastante com as pessoas. Eles não desconfiavam que a menina estivesse sendo estuprada pelo próprio pai, dentro de casa. Na rua, os vizinhos não quiseram comentar sobre o episódio ou sobre o comportamento do pai.

Atendimento psicológico

A delegada Juliana Tuma, da Delegacia Especializada em Proteção a Criança e ao Adolescente (DEPCA), afirmou que o depoimento da adolescente foi bastante detalhado e que ela será encaminhada a um centro de referência para receber assistência psicológica.

“Ela contou com riqueza de detalhes como as agressões aconteciam e que em alguns casos, ele (o pai) dizia que iria ensiná-la a lutar jiu-jítsu", disse.

"É um caso que choca porque a pessoa que deveria protegê-la é a pessoa que está violentando”, lamentou Tuma.

Embora os relatos da vítima sejam fortes, a delegada disse que o pai da menina negou todas as acusações.

Nos próximos 30 dias, o Instituto Médico Legal (IML) deve enviar a delegacia o resultado do exame do corpo de delito, para que as investigações sobre o caso sejam concluídas.

Deputados repudiam violência

O assunto repercutiu na Assembleia Legislativa. O deputado estadual Carlos Alberto (PRB) classificou o ato como “loucura” e “absurda”. “Uma monstruosidade praticada por quem deveria dar o exemplo ao assegurar à filha proteção e cuidados”, disse.

Comentários