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Com medo de ser hostilizado Fernando Henrique Cardoso se esconde em Nova York

Fernando Henrique Cardoso foge de intelectuais em Nova York


ALVO DE ESCRACHO, FHC FOGE DE EVENTO EM NOVA YORK

Considerado golpista por intelectuais brasileiros e latino-americanos, por seu apoio ao governo provisório de Michel Temer, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso teve de cancelar sua participação neste fim de semana num debate em Nova York, no 34º Congresso Internacional da Associação de Estudos Latino-Americanos; FHC foi alvo de uma petição de 499 intelectuais que pediam o cancelamento de sua participação e temia ser alvo de protestos; em carta, FHC negou a existência de um golpe contra a presidência Dilma Rousseff, mas o impeachment já é considerado uma conspiração golpista pelos mais importantes jornais dos Estados Unidos e da Inglaterra (New York Times e Guardian), pela revista The Economist e por toda a imprensa alemã

247 – Considerado golpista por intelectuais brasileiros e latino-americanos, por seu apoio ao governo provisório de Michel Temer, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso teve de cancelar sua participação nesta sexta-feira num debate em Nova York, no 34º Congresso Internacional da Associação de Estudos Latino-Americanos.

FHC participaria do principal evento do encontro, um debate na manhã deste sábado com o ex-presidente chileno Ricardo Lagos, mas cancelou sua ida quando soube que seria alvo de um "escracho".

Em carta enviada à entidade, FHC nega que a presidente Dilma Rousseff é vítima de um golpe e defende o que "os atuais ventos ideológicos que circulam em certos centros acadêmicos parecem misturar a postura de cientistas com a de ativistas".

No entanto, nada menos que 499 intelectuais protestaram contra o convite feito a FHCp para o debate. Uma petição de 162 membros da entidade latino-americana e 337 pesquisadores não associados pedia o cancelamento da conferência de FHC. "Respeitamos a contribuição passada de Cardoso para o pensamento internacional. Entretanto, esse convite foi feito em um momento infeliz", diz o texto. Ainda segundo o o abaixo-assinado, o convite foi feito num momento em que FHC e seu partido "não hesitaram em colocar em perigo a paz interna nem mecanismos básicos como a Constituição".

Golpe consolidado na mídia internacional

Embora FHC negue a existência de um golpe contra a presidência Dilma Rousseff, o impeachment já é considerado um complô pelos mais importantes jornais dos Estados Unidos e da Inglaterra (New York Times e Guardian), pela revista The Economist e por toda a imprensa alemã.

Em reportagem publicada nesta sexta-feira, a Economist tratou o impeachment como "um jeitinho contra a Constituição" brasileira (saiba mais aqui).


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