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Operação Dízimo coloca vereadores na cadeia.

Amigos  do prefeito engaiolado Xinaik vão legislar dentro da cadeia.

Aliados de Xinaik vão para a cadeia nesta quarta-feira
Os vereadores serão serão encaminhados hoje à cadeia pública Raimundo Vidal Pessoa 


foto: divulgação

O presidente da Câmara Municipal de Iranduba, vereador Paulo Bandeira (PSD), e o líder do prefeito afastado, Xinaik Medeiros (Pros), vereador Antônio Gerlande (PTN), que se apresentaram na noite da última segunda-feira, na sede da Superintendência da Polícia Federal no Amazonas, serão encaminhados hoje à cadeia pública Raimundo Vidal Pessoa, segundo a assessoria de comunicação da PF. Os dois estavam foragidos e são acusados de integrar uma quadrilha na cidade, que desviava recursos federais.


Com a prisão dos dois vereadores (um já está preso), a PF concluiu o cumprimento dos 11 mandados de prisão preventiva expedidos pela 2ª Vara da Justiça Federal no Amazonas, na operação Dízimo, deflagrada anteontem, em Iranduba.

Durante a operação, a PF cumpriu 29 mandados, sendo 11 de prisão preventiva, 16 de busca e apreensão e dois de condução coercitiva na capital, no município e no Cacau-Pirêra, distrito de Iranduba.

A Justiça Federal determinou ainda o bloqueio de R$ 52 milhões em bens dos envolvidos, alguns deles já presos pela operação Cauxi, do Ministério Público do Estado (MPE) e Controladoria-Geral da União (CGU), deflagrada na semana passada.

Entre os presos na operação Dízimo estão os ex-secretários de Meio Ambiente, Israel Araújo; de Educação, Allan Kardec; de Finanças, David Queiroz; de Infraestrutura, André Maciel Lima – estes dois últimos foram presos na operação Cauxi; além do vereador Antônio Alves (PT) e da sobrinha de David Queiroz, Ani Félix.

A investigação da PF começou a partir da identificação, em 2013, de fraudes em licitações nos contratos para o transporte público, no valor de R$ 7,6 milhões e no desvio de dinheiro federal destinado à assistência de ribeirinhos afetados pela cheia. As fraudes, segundo a PF, envolviam, vereadores, secretários municipais, funcionários públicos e empresários, que combinavam o pagamento de propina para ganhar as licitações.

Conforme o delegado Alexandre Teixeira, da Delegacia de Crimes Financeiros da PF, o esquema era sofisticado. A fraude começava na Comissão Geral de Licitação (CGL) da prefeitura, que direcionava os editais para favorecer determinadas empresas, algumas criadas apenas para desviar o dinheiro sem realizar os serviços.

Cauxi

O MPE abriu, ontem, os lacres das provas apreendidas durante a operação Cauxi, realizada na semana passada, em Iranduba. De acordo com a assessoria de comunicação do MPE, os lacres foram retirados na presença da prefeita interina, Maria Madalena de Jesus (PSDB), e o conteúdo foi encaminhado para análise de técnicosda CGU. A investigação será concluída em dois meses.

Por Camila Carvalho

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