Informatica

“The New York Times” defende legalidade do mandato de Dilma e a democracia brasileira.

Não há nada que sugira que nenhum dos líderes políticos que querem lhe tomar o lugar faria melhor do que ela em termos de política econômica”Não existe qualquer justificativa para apear a presidenta Dilma Rousseff do poder. A conclusão é do mais importante jornal americano, o The New York Times, que, em editorial publicado nesse fim de semana, dedicou-se a defender a importância da democracia brasileira, consolidada há 30 anos.

 O jornal também destaca o comportamento republicano da presidenta, que se manteve distante das investigações da Operação Lava-jato e ainda indicou, para um novo mandato, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que comanda as investigações.

“Não há nada que justifique o impeachment. Derrubar Dilma sem evidências concretas de corrupção causaria sérios danos à democracia que vem ganhando força nos últimos 30 anos”, defende o jornal. O texto aponta as dificuldades enfrentadas pelo governo, como as manifestações, a queda nos índices de popularidade e as dificuldades econômicas.

Mas, principalmente, mostra que a cultura de impunidade no País está mudando, uma vez que a chefe do Executivo não fez nada para impedir que as investigações prosseguissem. “Ao contrário, ela tem enfatizado constantemente que não está acima da lei”, elogia o texto, que destaca o fato de que não há qualquer evidência de malfeito ou ilegalidade cometida pela presidenta , apesar de sua participação no comando da Petrobras por sete anos.

“Mrs Rousseff (sic) pode até ter alguma responsabilidade sobre erros cometidos por seu governo, mas não cometeu qualquer crime que justifique um impeachment”, garante o editorial.

O texto ainda cutuca a oposição: “Não há nada que sugira que nenhum dos líderes políticos que querem lhe tomar o lugar faria melhor do que ela em termos de política econômica”.

O jornal ainda destaca a força da democracia brasileira, que não enfrentou qualquer sobressalto e ganhou força nos últimos 30 anos. “A solução não pode ser minar as instituições democráticas que reforça as garantias de estabilidade,credibilidade e governo honesto”, conclui.

Giselle Chassot, com informações do The New York Times

Comentários